Os primeiros jogos de 2023 apontam para uma queda de produção do Benfica e uma subida de FC Porto, Braga e Sporting, o que permite antecipar uma segunda metade de época mais interessante.
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1 Conviver bem com a pressão é fundamental para ganhar campeonatos.
Depois do trambolhão em Braga, o Benfica precisou de um penálti para vencer Portimonense, falhou outro e pelo caminho ainda desperdiçou oportunidades a eito.
O inofensivo conjunto de Paulo Sérgio pareceu sempre o adversário ideal para moralizar as águias, mas percebe-se que há insegurança na Luz. As ausências de Rafa e Enzo não podem explicar tudo. Na perspetiva das águias, do mal o menos: a pressão passa a estar do lado do FC Porto, que hoje na visita ao surpreendente Casa Pia terá de fazer pela vida para recuperar o segundo lugar e recolocar a desvantagem para o líder em cinco pontos. O momento e a produção de encarnados e azuis e brancos neste início de ano deixam boas indicações quanto à possibilidade de termos luta palmo a palmo até ao fim, com a pressão a andar de mão em mão.
2 O mercado também pressiona os clubes, uns mais do que outros, claro. Nesta altura, o balneário das águias estará a escaldar. No final do encontro de ontem, Roger Schmidt lembrou Enzo Fernández, sublinhando que o Benfica precisa dele para ser campeão. A honestidade do alemão é de assinalar. Efetivamente, a equipa é diferente sem o argentino. Chiquinho, titular frente aos algarvios, esforçou-se, mas está a léguas do campeão do mundo. Schmidt também se esforça para seduzir Enzo Fernández, mas ao sublinhar a importância de um jogador que tudo faz para sair da Luz não estará a demonstrar falta de confiança nos outros, acrescentando-lhes doses de pressão ainda maiores? O tempo dirá.