Benfica ou FC Porto, um dos clubes celebrará a conquista do título. Depois, será tempo de refletir, mas antes vale a pena prestar atenção ao grande desempenho de João Almeida no Giro
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1 - A seguir à festa, que hoje dará um colorido diferente à noite de Porto ou Lisboa, é importante refletir sobre o que não correu bem neste campeonato 2022/23.
A arbitragem é tema recorrente. Mas mais do que repisar erros, vale pena melhorar a ligação entre árbitros e VAR. O Conselho de Arbitragem tem de impor regras claras, uniformizar critérios de intervenção e encontrar forma de explicar as decisões, porque os adeptos merecem. A pausa também poderá servir para separar o trigo do joio no setor, deixando cair os incompetentes.
Este é ainda um período bom para a Liga de Clubes afinar regulamentos, designadamente no que concerne ao agendamento dos jogos na ponta final da época, para se evitar o que aconteceu na penúltima jornada, com a entrada em campo de clubes despromovidos, quando poderiam, se os regulamentos, como num passado não muito distante, permitissem, jogar à mesma hora.
2 - A propósito de horas, será no contrarrelógio, também hoje, que se decidirá a Volta a Itália. Na edição deste ano, já sabemos, haverá sempre festa portuguesa. João Almeida tem o pódio praticamente garantido e ainda sonha com algo mais.
Independentemente do desfecho, trata-se de nova proeza, do jovem da Emirates e para desporto português. Para se perceber a dimensão da proeza, apenas Joaquim Agostinho conseguiu subir ao pódio final nas três grandes voltas (França, Espanha e Itália), com dois terceiros lugares no Tour (1978 e 1979) e um segundo na Vuelta (1974). Do jovem ciclista de A dos Francos, até atendendo à idade, esperamos sempre mais. Como dizia ontem João Almeida, "só é impossível até acontecer".