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Se só o peru - diz o ditado - morre no dia anterior, a sensação de recomeço, carregadinha de esperança num futuro radioso, também acontece de véspera ou vésperas, neste caso de ano novo, como atesta a edição que hoje levamos até si. Numa época propensa a ter-se fé em dias melhores, houve quem não tivesse paciência, ou oportunidade, para esperar pelo ano novo para consumar essa crença em que recomeçar é positivo.
Rui Borges foi a segunda conjugação desse verbo para o Sporting nesta época e deu o fruto que se sabe: vitória no dérbi com o Benfica, recuperação do primeiro lugar do campeonato e do ânimo de um plantel que andava com a força mental pela hora da morte. Ao ponto de, como nos diz Debast, já ter interiorizado as ideias do novo treinador, a pessoa que acreditam os levará ao bicampeonato (Amorim já não mora aqui...).
Fran Navarro sorriu na apresentação pelo Braga, onde além de Carvalhal como técnico deseja reencontrar a felicidade perdida no Dragão pela escassa utilização. O momento dos minhotos, como se sabe não é o melhor (o Santa Clara roubou-lhes ontem o quarto lugar), mas nada como o horizonte de um novo começo para subir o moral... Terá sido esse, igualmente, o sentimento em Milanello, onde Sérgio Conceição voltou ao ativo, na sua amada “bella” Itália, com o propósito de reerguer um grande da Europa mergulhado numa crise - sim, ele sabe bem o que isso é!
E por falar nisso, nunca é demais dizê-lo: o objetivo do FC Porto é ser campeão, afirmou ao nosso jornal André Villas-Boas, entre outros desejos de ano novo e uma amável dedicatória. Com tanta esperança no que se deseja, para quê esperar mais um dia?