DE CABEÇA - Opinião de Vítor Santos
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Restam poucas dúvidas de que Jorge Nuno Pinto da Costa será candidato às eleições do FC Porto, no próximo ano. O presidente dos dragões, que ontem esteve na inauguração da Casa do FC Porto de Viseu, deixou uma promessa que pode ser interpretada como declaração de intenções em relação ao futuro: "Se tudo correr bem, como tem de correr, se Deus me der vida e saúde, de hoje a um ano estarei aqui para comemorar o primeiro aniversário."
O líder azul e branco tinha dito, recentemente, que era ainda cedo para falar sobre o próximo ato eleitoral do clube e a verdade é que, ontem, também não abordou a questão diretamente. A declaração, porém, contém pistas relevantes sobre a vontade de continuar no comando. Numa conjuntura previsivelmente difícil, porque as finanças do clube já viveram melhores dias, avançar para novo mandato é um renovado sinal de coragem, que a ninguém surpreenderá, atendendo ao percurso do dirigente com mais títulos na história do futebol mundial.
O tempo se encarregará de confirmar se a decisão final de Pinto da Costa será no sentido de se submeter a novo sufrágio. Mais interessante ainda é perceber que concorrência terá nas eleições. Nas anteriores, pulverizou Nuno Lobo e José Fernando Rio. O primeiro admitiu, em abril, em declarações à TSF, que seria novamente candidato, e o segundo também deixou em aberto essa possibilidade. A expectativa maior incide, no entanto, sobre André Villas-Boas. Treinador campeão e vencedor da Liga Europa com os azuis e brancos em 2011, Villas-Boas tem mantido uma espécie de tabu, sendo certo que se trata de um nome bem mais forte do que os dois anteriores.
Até abril do próximo ano, muita água correrá por baixo da ponte, uma época inteira em que o FC Porto tem como grande objetivo recuperar o título de campeão. E é evidente que o quadro poderá mudar, mesmo em função do momento desportivo, mas parece claro que, se fosse agora, teríamos Pinto da Costa como candidato.