O JOGO DO LEÃO - Um artigo de opinião de Manuel Moura dos Santos.
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Água mole em pedra dura tanto bate até que fura, resume o jogo do Sporting com o Portimonense.
A persistência e a tenacidade renderam uma vitória muito importante.
É impressionante assistir a um jogo de total domínio do Sporting em que o número de situações de golo criadas e desperdiçadas roça o ridículo. O vírus da ineficácia instalou-se em Alvalade, sem que se vislumbre um tratamento eficaz que vença este problema. O caudal ofensivo da equipa não é premiado com golos, deixando-a vulnerável e à mercê dum lance fortuito de golo do adversário. Este jogo é um exemplo disso, pois o Portimonense podia ter empatado já no período extra. Ainda vamos sofrer muito até final da época.
O Sporting recebe o Arsenal na próxima quinta-feira. Os jogadores gostam de jogar estes jogos, não só pela valia da equipa que irão defrontar, mas também pela pela mediatização associada. Já defrontámos o Tottenham esta temporada com boas exibições e resultados. O Tottenham não é o Arsenal. A diferença pontual entre os dois na liga inglesa é elucidativa. O Sporting para ter alguma hipótese ultrapassar este adversário tem que ser muito competente, intenso e sobretudo muito EFICAZ. Estas equipas não têm por hábito dar muitas chances de golo aos adversários, portanto as poucas que dão têm que ser eficazmente aproveitadas.
Os jovens da nossa equipa que está a disputar a UEFA Youth League estiveram em excelente plano no encontro dos oitavos-de-final da competição, no jogo com Ajax. Muito parabéns. Bela exibição com um resultado volumoso que expressa o que realmente se passou em campo. Fatawu esteve em grande plano com um "hat-trick". Espero que tenha sido o início de uma grande carreira no Sporting.
Segue-se o Liverpool num desafio muito importante que poderá dar acesso às meias-finais da competição.
Vou escrever pela última vez sobre os diversos processos em que o Benfica, ou dirigentes ligados ao clube, parecem estar envolvidos. Não acredito que o nosso sistema judicial seja capaz ou tenha vontade de processar, acusar e julgar pessoas ou entidades com a dimensão do Benfica. Não há coragem para isso. Portanto,a única coisa que peço é que não desperdicem o dinheiro dos contribuintes em processos estéreis que não conduziram a lado nenhum. Obviamente que na justiça desportiva, e naqueles que a dirigem, ainda acredito menos.
Se o ridículo matasse, já estariam há muito com sete palmos de terra...
Até para a semana.