"Wesley Saunders está desolado, à procura de opções para continuar a carreira"
Rui Lopes, presidente da Oliveirense, manifestou-se quanto à decisão da AIMA de impedir o norte-americano de jogar em Portugal.
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O presidente da Oliveirense, Rui Lopes, expressou esta quarta-feira o seu descontentamento quanto ao impedimento de Wesley Saunders jogar em Portugal por parte da Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA), devido a uma infração no registo criminal, cometida há cerca de oito anos.
O base de 31 anos, que já jogou na Finlândia, Itália e França depois disso, foi reforço em Oliveira de Azeméis esta temporada, atuando em seis partidas da Liga, com números que lhe permitem ser até agora o MVP (médias de 16,3 pontos, 7,2 ressaltos e 4,2 assistências).
“Estamos muito desagradados. Os nossos objetivos foram colocados em causa. Os treinadores também estão desiludidos”, reagiu a O JOGO o dirigente, sustentando o desagrado no facto de o norte-americano se ter mostrado “um excelente profissional, uma excelente pessoa, dedicado e companheiro ao longo dos últimos meses, integrando-se facilmente e sem nunca levantar um problema”. “Além disso, é um atleta com um valor incrível do ponto de vista desportivo”, completou.
Quanto ao papel da Federação Portuguesa de Basquetebol no processo, Lopes partilhou que “esperava uma ajuda diferente”. “Foi apenas um intermediário. Devia ter um papel de defender a competição, e aí esteve bem na declaração do interesse público”, acrescentou, alertando que o problema se pode voltar a colocar.
“Pode acontecer na próxima época. Ninguém nos garante, nesta equipa ou noutra, que contratamos um jogador e depois ele tem de regressar ao seu país. Corremos esse risco”, avisou.
Sobre Saunders, Rui Lopes adiantou que “está desolado, à procura de opções para continuar a carreira”, encontrando-se a Oliveirense a tratar da viagem de ida do atleta. “Conseguirmos explicar um jogador, que já jogou na Europa, que não é possível jogar em Portugal é algo que eles têm dificuldade em perceber”, considerou.