Voleibol de praia: Federação Internacional retira sugestão de indumentária em Doha
Organismo federativo sugeriu a utilização roupa comprida na capital do Catar em respeito à cultura e tradição árabe, mas recuou depois de ouvir a discórdia de atletas participantes.
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O Catar vai receber, entre os dias 8 e 12 de março, uma etapa do circuito mundial de voleibol feminino, o que se sucederá pela primeira vez no país árabe, mas a realização do evento originou alguma controvérsia junto das atletas participantes.
Em causa esteve a alteração do código de vestuário por parte da Federação Internacional de Voleibol (FIVB) para encorajar as jogadoras, por respeito à cultura e tradição árabe, na qual as mulheres não se expõe fisicamente, utilizassem t-shirts e calças compridas, ao invés do habitual biquíni desportivo.
Todavia, algumas jogadoras reagiram em desacordo com a sugestão do organismo federativo que tutela a modalidade a nível mundial, já que as temperaturas médias no Catar, durante este mês, variam entre uns bem quentes 18 e os 27 graus celsius.
Karla Borger e Julia Sude, uma das melhores duplas participantes no circuito mundial, procedeu mesmo à ameaça de boicotar a presença no Catar, caso tivesse que vestir um equipamento inapropriado ao clima e a FIVB... retirou de imediato a sugestão.
"Durante a competição em Doha, se os jogadores pedirem para usar o traje habitual, serão livres de o fazer", pode ler-se numa nota publicada pela entidade na passada terça-feira, que ainda ouviu outras reações de discórdia, no caso de Liliana Fernandez.
"Já competimos em várias ocasiões, especialmente quando está frio, com collants compridos e camisas de mangas. É outra coisa se estiver muito calor em Doha e pode até nos deixar desconfortáveis", assumiu a atleta espanhola.