Verstappen aborda futuro e a saída de Newey: "Não é tão dramática como parece"
Tricampeão da F1 desvalorizou o impacto da saída do conceituado diretor técnico da Red Bull em 2025
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Max Verstappen, tricampeão mundial de Fórmula 1 pela Red Bull, reagiu esta sexta-feira ao anúncio da saída de Adrian Newey da escuderia em 2025, ao fim de 19 anos, numa altura em que o futuro do diretor técnico tem sido apontado à Ferrari, que também terá Lewis Hamilton no próximo ano.
“Teria preferido, claro, que Adrian ficasse, mas no final, e foi isso que também lhe disse, tens que fazer aquilo que acreditas ser o melhor para ti, porque ao fim e ao cabo, a F1 é uma espécie de tanque de tubarões e acredito que é muito importante que penses em ti mesmo, que tomes as decisões corretas para ti e para a tua família. Por isso, não o culpo. Se alguém quer ir embora, está no seu direito de perseguir outras metas ou coisas na vida, por isso o que fez está absolutamente bem no meu ponto de vista”, comentou o piloto neerlandês, em declarações à Sky Sports.
Apesar de lamentar a saída do diretor, que levou o seu pai, Jos Verstappen, a considerar que a Red Bull “está em perigo de se desmoronar”, Max adotou um discurso mais relaxado quanto ao impacto que a despedida de Newey terá na sua equipa.
“É sempre muito importante manter a calma e estar concentrado no que te compete. O essencial é ter o carro mais rápido da grelha. Foi isso que sempre exigi e conseguimos finalmente desde há um par de anos. Temos um staff técnico muito forte que faz parte da equipa há muito tempo. Basicamente, continua tudo como antes”, garantiu.
“Desde que começou na Red Bull, Adrian foi incrivelmente importante para o êxito obtido. Creio que, com o passar do tempo, o seu papel mudou um pouco e que muita gente não entende o que ele estava a fazer de verdade. Não digo que não estivesse a fazer nada, mas o seu papel evoluiu. Incorporaram-se grandes profissionais na equipa, que fortaleceram todo este departamento. Claro, teria preferido que ficasse, porque podes sempre confiar na sua experiência e, como pessoa, ele é um grande tipo para se falar e relacionar, porque é muito brilhante, muito inteligente e também troca pontos de vista com o piloto e transfere isso para o carro, no sentido em que tentava imaginar-se a conduzir. Mas também confio muito na equipa técnica que temos. À parte de Adrian, é muito forte e demonstrou nos últimos anos o quão competitivo é o nosso carro. Desde fora parece algo muito dramático, mas creio que se se sabes o que está a acontecer dentro da equipa, não é tão dramático como parece”, completou.
Verstappen, cujo futuro está rodeado de incerteza, tendo sido apontado como um alvo da Mercedes para 2026, também aproveitou para comentar esse rumor, frisando que, de momento, não tenciona deixar a Red Bull.
“Entendo que Toto [Wolff, CEO da Mercedes] esteja otimista comigo. Creio que todos deveriam ser sempre otimistas e esperançosos com as coisas, mas neste momento posso dizer que quero ficar na equipa, porque acredito no projeto que temos. Mas também é verdade que nunca sabes o que vai acontecer no futuro. Está tudo relacionado com os resultados, porque sei que não conduzo para ser quinto ou sexto, ficaria de mau humor. No geral, trata-se sempre do rendimento, toda a gente sabe disso, incluindo Toto. 2026 não é algo em que esteja a pensar neste momento, estão a acontecer muitas coisas este ano e quero estar bem no ano que vem também, onde continuo a acreditar que teremos uma grande oportunidade. Nesse sentido, 2026 ainda está muito longe”, rematou.