Triatletas espanholas não pouparam nas críticas após competirem no rio Sena, cujo nível de poluição continua a preocupar
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Depois das dúvidas relacionadas com os níveis de poluição da água do rio Sena, onde se realiza o segmento de natação das provas de triatlo dos Jogos Olímpicos Paris’2024, a competição feminina disputou-se na manhã desta quarta-feira, sendo vencida pela francesa Cassandre Beaugrand.
No entanto, apesar da realização da prova, que chegou a ser ameaçada pelas chuvas que caíram na noite anterior, as triatletas espanholas que competiram não hesitaram em criticar o facto de ter sido disputada em águas potencialmente perigosas, mostrando-se preocupadas com o assunto.
“A qualidade da água era muito discutível, trataram-nos como palhaços. Se tivessem pensado na saúde dos atletas, não se teria feito aqui. É uma pena, devemos dizê-lo e não podemos ficar caladas. É uma pena que não se pense nos atletas. A qualidade da água é discutível”, reclamou Miriam Casillas, que ficou em 33.º lugar, à Rádio Marca.
“Durante a competição não notamos em nada, será à noite, amanhã ou nos próximos dias quando veremos se temos consequências ou não por termos nadado no rio. E isso é um problema, porque no dia 5 temos o triatlo misto”, acrescentou.
Já a compatriota Anna Godoy, 17ª classificada na competição de triatlo, questionou a justiça da partida à agência EFE.
“Estou muito contente porque não pude acabá-la em Tóquio e sabia que a tinha de acabar aqui. Sim, é verdade que foi uma corrida um pouco estranha por causa da falsa saída e os juízes, como tem acontecido nas últimas corridas, não penalizam ninguém. Eu fiquei parada porque foi tão exagerada que eu disse: ‘Bom, agora vai ter de se repetir’ e depois vi que não”, relatou.