Swiatek alega ter tomado medicamento contaminado
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Iga Swiatek, de 23 anos, número um mundial durante 125 semanas alternadas, entre abril de 2022 e o passado dia 20 de outubro, está a cumprir uma suspensão de 30 dias - faltam oito -, por acusar positivo num controlo antidoping, em setembro. A polaca aceitou o castigo, por lhe ser detetada trimetazidina num teste de urina, a 12 de agosto. A ITIA (Agência Internacional de Integridade do Ténis) aceitou a justificação, que provava estar a substância proibida num medicamento usado para dormir e combater o jet lag (melatonina). A tricampeã de Roland Garros defendeu que não tomava regularmente o medicamento e que uma encomenda estava contaminada.
A tenista de Varsóvia soube do controlo positivo a 12 de setembro, negando ter ingerido algo para melhorar o desempenho e pedindo nova análise à amostra. Suspensa preventivamente, viu confirmado o doping e os seus advogados procuraram a origem da trimetazidina, descobrindo que as pastilhas de melatonina estavam contaminadas com vestígios da substância.
A ITIA considera ter havido negligência da jogadora, ao verificar que as pastilhas foram compradas online. O seu preparador físico fizera o negócio com um fabricante que está fora da lista dos credíveis e por isso a atleta sofreu uma suspensão.
Sendo a segunda líder mundial com caso de doping num ano, também o positivo de Swiatek gerou polémica, mas há diferenças em relação a Jannik Sinner, que acusou um esteroide e ainda aguarda o recurso da Agência Mundial Antidopagem (AMA) para o Tribunal Arbitral. A trimetazidina, célebre por ter custado um castigo de quatro anos à patinadora russa Kamila Valieva, foi detetada em 2021 em 23 nadadoras chinesas, ilibadas pela própria AMA como um caso de “contaminação”.