O acordo televisivo assinado pela WWE com a FOX Sports prevê a transformação do Smackdown Live num programa mais desporto, ao estilo do UFC. Coincidência ou não, o pay-per-view Royal Rumble vai tomar lugar no Chase Field, em Phoenix, um estádio de... basebol.
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O pay-per-view Royal Rumble está a gerar grande entusiasmo entre os fãs de wrestling. Por muito que custe, a alguns, o evento continua a marcar o arranque da estrada para a Wrestlemania e a edição deste ano está a ficar especialmente apetecível por vários motivos: os combates pelos títulos principais são apelativos - Daniel Bryan vs. AJ Styles e Asuka vs. Becky Lynch são, talvez, os melhores exemplos - e há um sentimento de grande imprevisibilidade em relação aos combates Royal Rumble propriamente ditos.
Há favoritos, claro, mas não há um nome declarado que seja possível de antever como vencedor. O palco de um dos maiores eventos do ano? O Chase Field, em Phoenix (Arizona), casa da equipa de basebol Arizona Diamondbacks, com ligar para cerca de 50 mil espectadores.
Curiosamente (ou não), o recinto deverá obrigar a algumas alterações na estrutura habitual dos espetáculos da WWE. As entradas dos lutadores serão feitas de forma diferente do habitual e até se planeiam inovações. A partir daí, podemos colocar uma questão: e se este é o primeiro passo da WWE para um tipo de programação mais orientada para a vertente desportiva?
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Em primeiro lugar, será necessário contextualizar: a WWE assinou um acordo com a FOX Sports para transmitir o Smackdown Live de forma semanal, mas a exigência da estação televisiva prende-se com uma mudança da abordagem ao produto. De forma simples: menos novela, mais desporto, ao estilo do UFC, maior empresa de artes marciais mistas.
Ainda não são conhecidos ao certo os pressupostos desta alteração, que acontecerá no início de outubro deste ano. Mas esta não terá sido a única exigência da FOX para com a WWE: os rumores indicam que o reforço do plantel do Smackdown poderá contar com nomes sonantes como Ronda Rousey ou Seth Rollins, de modo a tornar o produto mais chamativo para a audiência casual.
A confirmar-se, uma alteração desta magnitude representará um corte profundo com o passado da empresa. Longe vão os tempos em que a WWE dava pouquíssima importânica ao lado técnico do wrestling. Longe vão os tempos de estrelas como Hulk Hogan, Randy Savage ou até Ric Flair, ícones da indústria. É tempo para uma nova vaga de talentos e, acima de tudo, outro tipo.