Ambos venceram primeira jornada do play-off de manutenção do Grupo I da zona euro-africana da Taça Davis em ténis.
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João Sousa e Gastão Elias garantiram não ter acusado problemas físicos nas suas vitórias na primeira jornada do play-off de manutenção do Grupo I da zona euro-africana da Taça Davis em ténis, com a Eslovénia.
"Penso que estive bastante bem a nível físico. Não joguei a um nível que estou habituado a jogar. O importante é que consegui dar a volta e no terceiro e quarto 'sets' joguei a um melhor nível", assumiu João Sousa, que venceu o esloveno Tom Kocevar-Desman, por 6-7 (5-7), 7-6 (7-3), 6-2 e 6-1, no primeiro encontro de singulares.
Sousa elogiou o seu adversário, o 822.º tenista mundial, considerando que este fez um excelente encontro, mas salientou que a boa notícia foi conseguir vencer e que o mais importante foi terminar o primeiro dia com uma vantagem de 2-0 sobre a Eslovénia.
"É verdade que taticamente, tanto no terceiro como no quarto sets, joguei bastante melhor. Taticamente, mudei bastante e fui feliz com isso. Estava a insistir muito na esquerda e depois decidi fazê-lo correr à direita, que era onde ele estava menos confortável. Isso permitiu-me jogar mais solto", apontou o número um nacional.
O 34.º jogador mundial desvalorizou ainda as declarações do 'capitão' esloveno Blaz Trupej, que afirmou que Tom Kocevar-Desman teve uma quebra física no final do encontro, o que 'entregou' o triunfo a Sousa.
"Eu, com esse capitão, não tenho muito bom feeling. Ele pode fazer a análise que quiser. O Kocevar-Desman no quarto set baixou um bocadinho os índices físicos, mas não foi por aí que perdeu o encontro. Estou contente com o nível a que acabei a jogar", assinalou.
Também Gastão Elias se mostrou satisfeito por não ter sentido os efeitos físicos da gripe a que tem conseguido escapar. "Até estou surpreendido com o bem que estou. Estava um bocado preocupado, até porque, também por conta dos vistos, tive menos um dia de treino. Na terça, também decidi descansar, porque não me sentia na melhor forma física. Sentia dores no corpo, pensei que estava com princípios de gripe. Felizmente, hoje senti-me bem no campo, para além da tosse e do nariz entupido", brincou.
O número dois nacional, que bateu o esloveno Grega Zemlja, por 6-4, 7-6 (7-1) e 6-4, assegurou que, no geral, se sentiu bastante bem. "Não estava fácil para servir hoje. Para além de serem condições muito lentas, que favorecem quem esta a defender. Por vezes, com estas condições, até é melhor responder do que servir. No segundo e terceiro sets, se não me engano, este topo [o que estava à sombra] foi onde perdi todos os jogos de serviço, porque era complicado servir contra o vento", confessou.
Já o 'capitão' Nuno Marques preferiu sublinhar que, apesar de estar a liderar por 2-0, Portugal ainda não venceu a Eslovénia.
"É melhor estar a ganhar 2-0 do que a perder 2-0, mas ainda não ganhámos nada, precisamos de mais um ponto. Hoje, fomos superiores nos momentos em que era preciso. Amanhã (sábado), temos um par duríssimo, mas estamos numa posição favorável", resumiu.
O selecionador nacional referiu ainda que, nas alturas mais importantes, Sousa e Elias jogaram bem e demonstraram por que motivo Portugal era teoricamente favorito.
"O Gastão serviu muito bem, o João teve um jogo esquisito, sem conseguir um 'break' nos dois primeiros 'sets'. Eles foram muito corajosos e quando tiveram de subir de nível, subiram", explicou.