Extremo deu um salto da Série C do Brasil até ao campeonato português em pouco mais de um ano
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Alisson Santos podia ser, até há bem pouco tempo, um nome pouco conhecido para muitos, mas as dúvidas acabaram após uma estreia de sonho na Champions. Diante do Kairat, o extremo brasileiro deixou marca com uma boa exibição e um golo, algo digno de registo ainda mais quando se olha para o percurso de um dos jovens promissores do plantel dos leões.
Há pouco mais de um ano, em 2024, Alisson jogava na Série C do Brasil, pelo Náutico e Figueirense, depois de ter sido descoberto por um olheiro enquanto jogava nos campos de terra batida de Itabuna, que o levou a fazer testes no Vitória da Bahia, clube que representou em 2022.
Feito o percurso no Brasil, o extremo mudou-se para Portugal, para representar a União de Leiria onde encontrou o treinador Filipe Cândido. "O caso do Alisson é uma alegria grande que tenho. Foi um jogador que identificámos no Brasil e rapidamente percebemos que era um futebolista com um potencial muito grande, principalmente em ações no um contra um. É um jogador muito potente, com uma coordenação técnica assinalável. Tem a capacidade de ter grande variabilidade e tem um remate potente", realça a O JOGO.
Preocupado com "a alimentação e o descanso", Alisson também tem uma irreverência que passa para o campo, ao ponto de conseguir tirar vários coelhos da cartola: "Nos primeiros jogos teve dificuldades, mas adaptou-se rapidamente e tem uma capacidade acima da média também para ouvir. E tem um lado rebelde, que vai acabar por suscitar maior interesse, dado que os adeptos querem ganhar, mas gostam dos jogadores que fazem coisas imprevisíveis. Por vezes, até temos de domar alguma dessa rebeldia no jogo [risos]. Mas tem muita coragem e ainda não mostrou todo o seu potencial". O caminho parece prometedor.