Edição 30 foi apresentada no Salão Árabe do Palácio da Bolsa, com Jorge Teixeira, diretor da organizadora Runporto, em lágrimas
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Com a presença de José Regalo, o vencedor da primeira edição, Mariana Machado, que ganhou no ano passado no setor feminino, Sara Moreira, cinco vezes vitoriosa - 2008, 2009, 2015, 2018 e 2021 -, mas agora na condição de vice-presidente da Federação Portuguesa de Atletismo, para além do habitual envolvimento de Fernanda Ribeiro (1998, 2000, 2001, 2010) nas realizações da Runporto, foi ontem apresentada a 30.ª edição da corrida de São Silvestre da Invicta, marcada para 29 de dezembro, às 18 horas, a partir de uma Avenida dos Aliados já mais arrumadinha, iluminada e com passagem, de novo, pelo túnel de Ceuta.
“Esta sala é linda [ Salão Árabe], a cidade é linda e esta corrida é verdadeiramente especial e linda”, resumiu Catarina Araújo, vereadora da Câmara Municipal do Porto. “A cidade está em obras, mas este ano, felizmente, conseguimos voltar ao túnel, o que é bom. Por um lado, todos sabemos o simbolismo e a emoção de passar por aquele túnel, e para nós, que fazemos a gestão da cidade, também é importante, pois o impacto da prova é outro”, comentou Catarina, outra figura sempre ao lado da organização. “É um conforto grande contar com eles, com o pai Jorge Teixeira, e os filhos Ricardo e Tiago. Sabemos, pelo que vivemos ao longo do tempo, que uma prova organizada pela Runporto é um valor seguro”, elogiou.
“No ano passado foi a primeira vez que vim. Adoro o calor humano do Porto”, foi a vez de Mariana Machado falar. “Fico muito orgulhoso de ver a evolução desta S. Silvestre, que começou como uma competição amadora e agora é um evento de grande prestígio”, referiu também José Regalo.
“Ao longo destas 30 edições, esta prova tem reunido atletas de renome e apaixonados pela corrida”, sustentou Jorge Teixeira. “A primeira edição foi a única que se realizou a 31 de dezembro, numa noite diluviana e tendo como colaboradores apenas os meus filhos Ricardo e Tiago, então com 16 e dez anos”, recordou, em lágrimas, o diretor da prova que, em 1994, teve 391 participantes e, 30 anos depois, conta com 16 mil inscritos. Vêm de 51 países, quatro continentes e as mulheres estão em maioria.