Rublev pede mais flexibilidade nas normas antidoping, desde a necessidade de os tenistas terem de informar as entidades competentes sobre a sua localização às substâncias que podem ou não consumir
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Andrey Rublev, tenista russo que ocupa a sétima posição do ranking mundial, criticou esta segunda-feira a rigidez das regras de controlo antidoping naquela modalidade, dizendo que os atletas vivem “num stress constante” por causa delas.
Antes da sua participação no Open de Madrid, Rublev pediu mais flexibilidade nestas normas, desde a necessidade de os tenistas terem de informar as entidades competentes sobre a sua localização (com vista a controlos surpresa) às substâncias que podem ou não consumir.
“É um tema que me assusta. Temos de escrever num programa onde estaremos a cada hora do dia. Se te esqueces ou não estás ali, é uma de três faltas. Não é justo, isto faz-te viver num estado constante de stress. Por exemplo, ontem esqueci-me de ajustar o meu calendário porque vim a Madrid. Por sorte não aconteceu nada demais. Ao longo dos anos, fiquei com receio de tomar medicamentos. Se me sentir doente, evito tomar alguma coisa”, revelou.
“No meu caso, tenho a sorte de falar com doutores, mas essa não é a situação de todos. As dúvidas chegam inclusive às comidas, há substâncias proibidas até na carne. Isto pode deixar-te maluco”, acrescentou.
Estas declarações chegam depois de Jannik Sinner, número um do ranking ATP, ter cumprido uma suspensão entre 9 de fevereiro e 4 de maio após um teste positivo para clostebol, um produto anabolizante proibido.
Sinner foi suspenso por três meses após um acordo, muito criticado por diversos tenistas, com a Agência Mundial Antidoping (WADA), anunciado em meados de fevereiro.
Este entendimento levou a Agência Mundial Antidopagem (AMA) – que pretendia impor ao tenista um ano de suspensão - a desistir do recurso apresentado no Tribunal Arbitral do Desporto, no qual contestava a decisão da Agência Internacional para a Integridade do Ténis (ITIA) de ilibá-lo.