Maiorquino necessitou de disputar o quinto set. Sérvio, próximo adversário, continua sem perder um set em 2022 e "Carlitos" só precisou de apenas duas horas e 15 minutos
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O tenista espanhol Rafael Nadal, 13 vezes campeão de Roland Garros, sofreu, este domingo, para ultrapassar Félix Auger-Aliassime rumo aos "quartos" do major francês, enquanto o sérvio Novak Djokovic, número um mundial, e o compatriota Carlos Alcaraz seguem imparáveis.
Chamado a jogar no court Suzanne-Lenglen, o campeão em título, Djokovic, foi o primeiro a assegurar a continuidade no segundo torneio do Grand Slam da temporada e fê-lo, sem grande dificuldade, diante do argentino Diego Schwartzman, 15.º cabeça de série, em apenas três sets, por 6-1, 6-3 e 6-3.
Depois de eliminar o japonês Yoshihito Nishioka, o eslovaco Alex Molcan e o esloveno Aljaz Bedene, o sérvio salvou sete pontos de break e converteu seis para afastar Schwartzman e somar a sua 16.ª vitória em oitavos de final de Roland Garros, fase da prova em que nunca perdeu.
Sem perder um único set, este ano, o tenista de Belgrado, de 35 anos, vai agora defrontar o rei da terra batida, Rafael Nadal, que precisou hoje de cinco parciais para se "desembaraçar" do canadiano Félix Auger Aliassime, por 3-6, 6-3, 6-2, 3-6 e 6-3, ao fim de quatro horas e 21 minutos.
"Levei anos e anos até conseguir conquistar o título aqui. E é claro que tive grandes desilusões em "court", muitas finais perdidas e semifinais também, encontros e maratonas emocionantes, a maioria contra o Rafa antes de 2016. É claro que foi muito especial, e emotivo, alcançar aquele título em 2016. Mais do que tudo, foi um verdadeiro alívio", confessou Novak Djokovic, após garantir a presença entre os oito derradeiros jogadores este ano.
Já o esquerdino de Manacor, quinto colocado no ranking ATP, travou uma dura batalha com Auger-Aliassime (9.º), que tem na sua equipa técnica Toni Nadal, tio do espanhol, embora tenha conseguido sobreviver, somando a sua 109 vitória no pó de tijolo parisiense, onde só perdeu em três ocasiões.
"Ele é um grande jogador. Um dos melhores do mundo. Ele é muito jovem, tem muita potência e mobilidade. Para mim, hoje foi um duro adversário. Faz muitas coisas bem, tem evoluído e desejo-lhe o melhor para o resto da temporada. É uma vitória muito importante para mim, sem dúvida", sublinhou Nadal.
Consumado o triunfo sobre o jovem de Montreal, de 21 anos, o detentor de 21 títulos do Grand Slam confirmou pela 16.ª vez, em 18 presenças em Paris, a passagem aos quartos de final e o 59.º encontro com Djokovic, o primeiro desde que ambos se defrontaram nas meias-finais de 2021, com a vitória a pertencer ao líder da hierarquia mundial.
"Conhecemo-nos bem. Temos uma longa história juntos. Ele vem de uma vitória em Roma e, eu, não chego na situação ideal, mas cá estamos. Estamos em Roland Garros, o meu sítio preferido, sem dúvida. A única coisa que posso dizer é que vou estar focado e tentar dar o meu melhor. A única coisa que posso garantir é que vou lutar até ao fim", garantiu, antes de pedir para jogar terça-feira durante o dia: "Pode ser o meu último encontro em Roland Garros."
Ao contrário de Rafael Nadal, de 35 anos, o jovem Alcaraz, de 19 anos, precisou de apenas duas horas e 15 minutos para ultrapassar o russo Karen Khachanov, 21.º cabeça de série e carrasco do português Nuno Borges na estreia, em três sets, pelos parciais de 6-1, 6-4 e 6-4.
Depois de encerrar a sessão noturna no Philippe Chatrier, o tenista de Múrcia, número seis do mundo, vai medir forças com o alemão Alexander Zverev (3.º), que derrotou o surpreendente espanhol Bernabé Zapata Miralles, por 7-6 (13-11), 7-5 e 6-3.
Na competição feminina, a canadiana Leylah Fernandez, vice-campeã do Open dos Estados Unidos, confirmou o teórico favoritismo de quem figura no 18.º lugar na hierarquia WTA e, frente à norte-americana Amanda Anisimova (28.ª), alcançou a qualificação para os quartos de final, por 6-3, 4-6 e 6-3.
A norte-americana Coco Gauff, por sua vez, assegurou o regresso ao lote de oito finalistas, pelo segundo ano consecutivo, com uma vitória sobre a belga Elise Mertens, pelos parciais de 6-4 e 6-0, ao passo que a compatriota Sloane Stephens (64.ª), finalista de Roland Garros em 2018, surpreendeu a suíça Jil Teichmann (24.ª), por 6-2 e 6-0.