José Mourinho: "Depois há a verdade de outras pessoas, que se calhar foram intoxicadas com mentira..."
Declarações de José Mourinho, treinador do Benfica na antevisão ao jogo com o Rio Ave, jogo em atraso da primeira jornada da I Liga e agendado para as 20h15 de terça-feira, no Estádio da Luz
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Teve contactos com o Benfica no verão? "A resposta é quase como um apelo. Se quiserem acreditar em mim, ótimo, se não quiserem acreditar em mim, eu não posso fazer nada para que acreditem. Eu digo-vos a verdade, que podem dizer "é a sua verdade". Depois há a verdade de outras pessoas, que se calhar foram intoxicadas com mentira, ou acreditam mais noutras pessoas do que no Benfica. No verão eu não tive contacto absolutamente nenhum com o Benfica, o presidente, ninguém, nenhum agente. Nessa altura o diretor Mário Branco não estava no Benfica. Eu tinha contrato com o Fenerbahçe e queria cumprir o meu contrato até ao final. Na minha cabeça estava longe de pensar que podia voltar a Portugal como treinador de clube. Sempre pensei que mais cedo ou mais tarde a seleção iria acontecer. Podia acontecer o Roberto ser campeão do mundo, querer sair em grande e eu entrar, mas sem contacto com a Federação. A minha carreira estava a ir nessa direção. Pensava que ia regressar a Portugal para a seleção. Tive zero contratos com o Benfica. Há anos, não sou preciso, aí sim tive contactos com o Benfica, mas eu estava a trabalhar, também tinha clube e as coisas não se proporcionaram nesse momento. Depois da entrada do diretor geral, esse tipo de conexão que tentam fazer... Para me tornar grande amigo de uma pessoa que conheço só no futebol, é difícil. Se num ano construímos alguma coisa importante entre nós, é porque do outro lado estava um profissional sério, que quando veio para o Benfica e houve 25 por cento de possibilidade de jogo contra o Fenerbahçe, o nosso contacto acabou. Houve zero contacto. Quando o Benfica perdeu três. Pontos com o Qarabag, eu estava em Barcelona com a minha mulher, e no dia seguinte, nem foi o diretor geral que me ligou, foi o presidente que me ligou a perguntar se valia a pena conversarmos. Eu disse que podíamos conversar. E acabou a história. Se quiserem acreditar em mim, ótimo, agradeço, se quiserem acreditar em fantasia, se quiserem acreditar noutras coisas, alimentar uma história que não tem história, não posso fazer nada."
Ivanovic e Pavlidis: "Cada jogo é um jogo, cada jogo tem uma estratégia. Se há 20/25 anos tínhamos uma abordagem tática específica, imagine-se agora, com uma estrutura de apoio, de análise. Não quis desvirtuar muito do que eles eram enquanto equipa. Eu gosto de coisas diferentes, sem querer desvirtuar muito, acredito muito mais no trabalho de campo, foram introduzidas algumas coisas. A forma como saltamos na pressão, os timings, os movimentos ofensivos, as coisas de posse, recuperação após transição, são coisas normais que se Bruno fosse para o meu lugar no Fenerbahçe também alteraria. Tentei dar dinâmica ofensiva diferente. Confesso que não os senti muito confortável a jogar num 4-4-2, pensámos dar ocupação de espaço que possa ter os dois confortáveis em campo. Sudakov também se encontrou bastante bem naquela dinâmica e na segunda parte as coisas correram melhor."