<p style="margin-bottom: 0cm">Atleta luso de origem cubana ganhou o Meeting de Doha, a primeira prova da Liga Diamante, com um salto de 17,95 metros
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Pedro Pablo Pichardo, de 24 anos, ganhou esta sexta-feira o Meeting de Doha, a primeira prova da Liga Diamante, com um salto de 17,95 metros, a melhor marca mundial da época e, mais importante, novo recorde nacional.
O luso-cubano superou em 21 centímetros o anterior máximo, que pertencia a Nelson Évora desde os Mundiais de Osaka de 2007 (17,74 metros).
Pichardo já é cidadão português, embora ainda não possa representar a seleção, pois a Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF) congelou todas as naturalizações para competir no próximo Mundial.
No entanto, em declarações ao DN, o presidente da Federação Portuguesa de Atletismo, Jorge Vieira, não tem dúvidas em considerar o novo máximo. "Não há dúvidas de que se trata de um novo recorde nacional, só terá agora que cumprir a questão do controlo antidoping. É um cidadão português, por isso o recorde será reconhecido, outra coisa é ele ainda não poder representar a seleção devido aos critérios da IAAF", defendeu o responsável, confiante que o triplista ainda poderá representar Portugal em Tóquio'2020.
"Não foi a federação que convidou o atleta a ser português, o atleta conseguiu a naturalização através das leis portuguesas. Não sentimos o mínimo incómodo com isso. Cumprimos todos os preceitos, a federação cubana foi informada e questionada se se opunha. Não havendo resposta entende-se que foi um assentimento, isso está previsto nos regulamentos", reforçou Vieira ao mesmo jornal.
Pedro Pablo Pichardo desertou de Cuba em abril do ano passado, incompatibilizando-se com a federação do país depois de não ter ido ao Rio'2016 e por querer ser treinador pelo pai, Jorge Andrés.
Já depois de ter assinado pelo Benfica, adquiriu nacionalidade portuguesa, num processo que gerou críticas por parte do Sporting, emblema de Nelson Évora. "O Sporting defende princípios, critérios rigorosos e claros. Obviamente que esta naturalização de aviário, que foi feita à pressa e de forma totalmente desenquadrada com aquilo que tem sido uma prática recorrente ao longo dos últimos anos, não nos pareceu razoável", disse, em dezembro, Rui Caeiro, vice-presidente para as modalidades dos lesões.