Pilotos esquecem a crise do WRC e passam aos elogios no país dos adeptos mais entusiastas
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Todas as equipas ouviram os pilotos antes do início do Rali de Portugal, que entre quinta-feira e domingo vai ligar Coimbra e Matosinhos, e nos comentários existe uma característica comum: os elogios à quinta prova do Mundial, esquecendo a crise que vive o WRC, entre regulamentos confusos e diminuição dos concorrentes de topo. Aliás, a prova do Automóvel Club de Portugal é uma exceção neste último aspeto, pois conta com 69 inscritos, nove com carros Rally1. É o recorde do ano, em número e qualidade.
“Estou realmente ansioso por Portugal. É um rali de que gosto muito, pelos adeptos e ótima atmosfera, mas também pelas classificativas, que me agradam. Tivemos sucesso nelas nos últimos dois anos”, disparou Kalle Rovanpera, vencedor das duas últimas edições e a fazer a terceira prova da época. O jovem finlandês completa a lista de luxo da Toyota, que luta pelo título com Elfyn Evans - “Portugal tem um rali agradável, com alguns troços rápidos e fluidos, mas também outros desafiantes, na sexta-feira”, refere o galês - e terá ainda Takamoto Katsuta e Sébastien Ogier. Este venceu a última prova, na Croácia, e continua em busca do recorde de seis triunfos no nosso país, mas não abordou o assunto. “Estou feliz por regressar a Portugal depois de um ano de ausência. É um país de que tenho boas recordações, talvez mais da época em que o rali era no sul. Mas a atmosfera é sempre ótima e estou ansioso por isso”, disse o francês, lembrando que não corre “em terra há algum tempo”.
Thierry Neuville, da Hyundai, lidera o Mundial, e refere que o êxito “depende dos mesmos fatores, consistência, boa afinação e confiança no carro”. “Nos testes fiquei satisfeito. Queria terminar no alto do pódio”, acrescentou. O colega Ott Tanak foi mais expansivo, achando que “Portugal é muito divertido”, enquanto para Dani Sordo este é “um rali especial para todos, pilotos e público”.
Na M-Sport Ford a aposta é em Adrien Fourmaux, que acha o rali “famoso e espetacular”. “As estradas são no meio das montanhas, muito técnicas, e normalmente as temperaturas são elevadas. É exigente, mas gosto muito, sobretudo de Fafe, com tantos adeptos”, rematou o francês, que é terceiro no Mundial.
Quer andar ao lado de Ogier?
A Race for Good, criada por André Villas-Boas, novo presidente do FC Porto, criou uma iniciativa única, que termina hoje: quem se inscrever, comprando um bilhete de 20 euros que servirão como donativo para instituições beneméritas, entrará num sorteio para, na quinta-feira, andar ao lado de Sébastien Ogier no Toyota Yaris Rally1. O “codrive” será em Baltar, durante o Shakedown, e o vencedor, a ser contactado amanhã, ainda receberá um fato de competição, merchandising e um Rally Pass da Toyota para seguir o Rali de Portugal.