O Quénia também já tem um campeão mundial no lançamento do dardo, com Julius Yego, que se sagrou campeão no Estádio Olímpico de Pequim, com a excelente marca de 92,72 metros.
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Depois do domínio intenso no meio-fundo, o Quénia alarga a sua lista de campeões a especialidades técnicas e, depois de ver Nicholas Bett ganhar nos 400 metros, eis que é a vez de Yego também consegui um resultado de exceção, melhorando o recorde africano e reforçando a sua liderança anual.
Portugal também teve, esta quarta-feira, razões para 'sorrir', com a qualificação de Nelson Évora para a final do triplo salto, sem sequer precisar de ser repescado - os 17,01 metros valeram-lhe o apuramento direto, em quinto, e pode mesmo equacionar entrar na luta pelas medalhas.
Yego já era o líder do ano e resolveu tudo a seu favor com um fenomenal terceiro lançamento que o coloca como o terceiro melhor de todos os tempos. Com a emoção, prescindiu dos dois lançamentos seguintes e anulou o sexto.
A África esteve em grande na prova, já que o egípcio Ihab El Sayed ficou com a prata. Em terceiro ficou o finlandês Tero Pitkamari, antigo campeão do mundo.
O Quénia também ganhou nos 3.000 metros obstáculos, com Hyvin Kiyeng Jepkemoi (9.19,11 minutos), e já lidera amplamente no quadro de medalhas, com seis títulos, o dobro da concorrência mais direta, a Grã-Bretanha. Habiba Ghribi, da Tunísia, e Gesa Felicitas Krause, da Alemanha, ficaram com as outras medalhas.
A onda de sucesso africana prolongou-se com os 400 metros masculinos, vencidos pelo sul-africano Wayde van Niekerk, com 43,48 segundos, nova liderança anual, à frente do anterior campeão, o norte-americano Lashawn Merritt, e do granadino Kireni James, campeão olímpico.
A checa Zuzana Hejnoná defendeu o título nos 400 metros barreiras, que correu também em melhor marca do ano, 53,50 segundos. Também aqui os Estados Unidos ficaram com um 'sorriso amarelo', assegurando o segundo e terceiro lugar, através de Shamier Little e Cassandra Tate.
O título deixado vago pela russa Isinbayeva no salto com vara ficou para a principal favorita, a cubana Yarisley Silva, única a passar 4,90 metros.
A brasileira Fabiene Murer, antiga campeão do mundo, até se superou, com um recorde sul-americano igualado a 4,85 metros, mas hoje não chegou. O bronze ficou para a grega Nikoléta Kiriakopoúlou.
Também aqui os Estados Unidos ficaram abaixo das suas expetativas, com a recordista nacional, Jennifer Suhr, a ser quarto posicionada.
Na qualificação do triplo salto, os Estados Unidos também tiveram um dia negativo, já que falharam a passagem à final Marquis Dandy e Will Claye (vice-campeão olímpico), que entraram no campeonato com a quarta e quinta marca.
Continuam, no entanto, com a sua estrela principal, Christian Taylor, e Omar Craddock, únicos que parecem poder dar boa réplica ao cubano Pedro Pablo Pichardo, líder de 2015 com 18,08 metros.
Nelson Évora regressou a um estádio que lhe diz muito - foi ali que se sagrou campeão olímpico, em 2008 - e conseguiu um apuramento seguro, com 17,01 ao terceiro salto, indicando que pode fazer melhor na final de quinta-feira.
Também seguem para a final, em que o português entra com a sexta marca do ano, os russos Adams e Sorokin, entre outros.
Nas eliminatórias de 5.000 metros, o campeão dos 10.000, o britânico Mo Farah, conseguiu um apuramento fácil, em segundo na sua corrida, e está na luta para mais uma histórica 'dobradinha'.
Tudo como se esperava, nas três meias-finais de 200 metros: o norte-americano Justin Gatlin ganhou uma, o jamaicano Usain Bolt outra e todos os favoritos seguiram em frente, para a final.
No setor feminino não houve surpresas nas eliminatórias do duplo hectómetro, mas deu-se a situação insólita de a jamaicana Veronica Campbell-Brown vencer a sua série na pista da britânica Margaret Adeye, que também se qualificou para as 'meias'.