Crítica de Andrea Petkovic, antiga tenista alemã, que considera que a falta de um "plano B" é o grande defeito do prodígio espanhol
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Andrea Petkovic, antiga tenista alemã que chegou a ocupar a nona posição do ranking WTA, em 2011, apontou esta sexta-feira aquele que considera ser o grande defeito de Carlos Alcaraz, que vai fechar um ano de 2024 em que conquistou mais dois títulos de Grand Slam, triunfando no Roland Garros e em Wimbledon.
Apesar dessas conquistas, o prodígio espanhol, de 21 anos, atual terceiro classificado mundial, também sofreu dissabores, sendo derrotado numa fase precoce do Masters 1000 de Cincinatti e do US Open, já depois de perdido na final dos Jogos Olímpicos Paris’2024 com Novak Djokovic.
Para Petkovic, que se retirou dos “courts” em 2022, esses desaires deveram-se ao facto de Alcaraz não ter um “plano B” quando as coisas não lhe estão a correr como planeado.
“A única queixa que tenho com Alcarez é algo que não acontece com Zverev, Taylor Fritz, Jannik Sinner ou Novak Djokovic. Quando Carlos está mal, é horrível, não tem um plano B. Ele continua a ser o Carlos Alcaraz, campeão de quatro Grand Slams, mas quando está mal, não consegue meter bolas, faz faltas duplas...”, apontou, admitindo, ainda assim, que quando Alcaraz está no seu melhor, ninguém lhe faz frente, nem mesmo o atual número 1 do ranking mundial.
“Quando Alcaraz joga mal, é horrível, mas quando está no seu melhor nível, é possivelmente o melhor tenista do mundo. Contra Jannik Sinner, que foi o melhor tenista do ano, ele conseguiu um balanço de 3-0. No seu nível mais baixo, pode perder com Jakub Mensik [48.º no ranking ATP], mas eu sei que Jannik Sinner possivelmente nunca perderia contra Mensik”, comparou, em jeito de conclusão.