Portugal no Mundial de râguebi: "Quando o animal está ferido, ou mata ou morre"
A Austrália corre o risco de entrar no encontro contra Portugal, no domingo, já afastada dos quartos de final do Mundial, se no sábado as Fiji vencerem a Geórgia com ponto de bónus.
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O treinador adjunto da seleção portuguesa de râguebi Luís Pissarra admitiu que pode ser positivo para Portugal se a Austrália entrar em campo já eliminada do Mundial, no domingo, mas advertiu que os wallabies são "um colosso".
Em conferência de imprensa, no Parc des Sports de Perpignan, o técnico lembrou que a Austrália "já foi duas vezes campeã do mundo" e, por isso, tem de ser "respeitada", reconheceu que os australianos "não podem estar contentes" com as "exibições menos conseguidas", mas avisou que isso também pode ser perigoso para os lobos
A Austrália corre o risco de entrar no encontro contra Portugal, no domingo, já afastada dos quartos de final do Mundial, se no sábado as Fiji vencerem a Geórgia com ponto de bónus.
"Quando o animal está ferido, ou mata ou morre. A situação deles pode ser nesse sentido, em que, ou estão acabados e vão facilitar nesse jogo, ou estão feridos e querem salvar a sua honra e fazer um jogo para apagar o que fizeram para trás", comentou Luís Pissarra.
Nesse sentido, o responsável vincou que a seleção portuguesa "não pode contar com uma Austrália fraca", no domingo, no desafio da quarta jornada do Grupo C do Mundial de râguebi França2023.
"Temos de estar preparados para uma Austrália muito forte, que quer salvar a honra relativamente às exibições menos conseguidas que tem tido nos jogos anteriores", concluiu.
Sobre as possibilidades de causar frente à Austrália a surpresa que acabaram por não conseguir contra o País de Gales, no primeiro encontro disputado na competição, Pissarra lembrou que quando começou o Mundial, pouca gente diria que Portugal iria ambicionar competir com "uma das melhores equipas do mundo", mas assumiu que os lobos querem "continuar a surpreender".
"Ganhar à Austrália não é uma obrigação, mas também não tenho dúvida nenhuma do que vai no estado de espírito dos nossos jogadores, dentro do nosso grupo, e a motivação que temos para entrar para um jogo deste calibre", afirmou o assistente de Patrice Lagisquet.
O técnico lembrou, por outro lado, que os lobos ainda apresentam "debilidades" que ficaram "evidentes" frente ao País de Gales e à Geórgia e, por isso, não podem dizer que são "uns craques ou campeões do mundo".
Ao seu lado, tanto o centro Pedro Bettencourt como o avançado David Wallis corroboraram a opinião do técnico, mas não esconderam que as prestações nos encontros anteriores aumentam a confiança para enfrentar os "wallabies".
"A verdade é que não temos grande coisa a perder, os nossos dois próximos adversários têm mais a perder do que nós. Portanto, sentimos que também conseguimos ter essa competitividade para este fim de semana e para o próximo também", comentou Bettencourt.
Wallis, por sua vez, lembrou que, apesar da "segunda parte muito boa" contra a Geórgia, "a primeira foi talvez uma das piores" contra aquele adversário "nos últimos quatro anos", mas assumiu que os lobos estão motivados para competir contra a Austrália.
"Se calhar, um mau momento de forma deles equivale ao nosso bom nível. Nós vamos tentar competir o jogo inteiro e no final logo se vê", resumiu o avançado do Belenenses.
A seleção portuguesa de râguebi defronta a Austrália no domingo, às 16h45, em Saint-Étienne, em partida da quarta jornada do Grupo C do Mundial França'2023.
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