A organização da prova italiana anunciou esta segunda-feira que irá premiar com 5000 euros o ciclista mais veloz nas descidas, para assinalar o centenário da prova. O pelotão fala em falta de segurança
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A três dias do início da prova italiana de ciclismo, a organização fez saber que está já incluído no regulamento para 2017, um novo prémio para assinalar o centenário da prova, que passa por distinguir a melhor descida. Esta classificação é feita através da cronometragem das descidas em dez pontos de partida.
A cronometragem vai valer entre 5 a 8 pontos por cada descida aos cinco ciclistas mais rápidos. O que acumular mais pontos receberá um troféu no pódio de Milão e um prémio de 5000 euros, ao passo que o vencedor de cada setor receberá um prémio de 500 euros.
Contudo, a medida parece estar a aquecer os ânimos no pelotão, que critica a criação deste tipo de prémios numa altura em que os ciclistas reclamam por uma carreira mais segura.
Ciclistas como Wout Poels, Jasper Stuyven e Joe Dombrowsky já demonstraram o seu descontentamento nas redes sociais, e Marcus Burghardt vai mais longe, relembrando o Giro 2011, onde Wouter Weylandt morreu após chocar com uma barreira protetora na descida do Passo di Bocco.
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A par das criticas há já também ciclistas que se desafiam para o novo troféu, enquanto o portal de estatísticas ProCyclingStats brinca, propondo a criação do prémio para "melhor bailarino no pódio".