Miguel Coelho, jovem técnico de voleibol de 36 anos, revelou-se agradecido aos vários departamentos do emblema azul e branco
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"Esta conquista surge de bastante trabalho e de um projeto muito bem delineado desde o início por parte do clube. Este FC Porto foi feito para ganhar e assim foi, ou seja, há também um sentimento de dever cumprido”, resumiu Miguel Coelho, alguns minutos depois de ter levado o FC Porto à conquista do título de campeão nacional de voleibol feminino, com uma vitória limpa na finalíssima frente ao Projeto Vólei Efanor.
“A história deste play-off dizia-nos que um 3-0 nunca tinha acontecido e também que os sets eram ganhos em pequeníssimos detalhes”, recordou o técnico natural de Matosinhos. “Nas sessões que tivemos entre jogos dizíamos à equipa que podíamos ganhar 3-0, só que tínhamos de ser altamente competentes, porque, do outro lado, estava uma equipa duríssima de defrontar, não só para nós, mas, como se provou ao longo do campeonato, para todas as outras. Nós não íamos ser exceção, principalmente em play-off, que é um sistema que equilibra”, explicou, justificando: “Isto de jogarmos várias vezes uns contra os outros em dias quase seguidos faz com que as equipas naturalmente se adaptem uma à outra. Ou seja, um 3-0 é mais difícil de prever, mas não era impossível de acontecer”.
Para que tal sucedesse, a equipa azul e branca, com a capitã Joana Resende de amarelo, precisava de elevar a eficácia na receção. “O FC Porto defendeu muito melhor e teve transições mais inteligentes, fruto dessa boa defesa. Era o que estávamos a pedir desde o jogo 1, principalmente nas três rotações em que a [Ana] Couto estava na rede. As nossas decisões de ataque tinham de passar pela dimensão física. Foi o que aconteceu”, admitiu o jovem treinador, que acabara de conquistar o primeiro campeonato nacional sénior. “Devo agradecer a muita, muita gente, a começar pelo senhor presidente Jorge Nuno Pinto da Costa, que foi quem me trouxe para o clube e me proporcionou ser este o dia mais feliz da minha carreira. Agradecer ao staff e famílias, às jogadoras e famílias, agradecer ainda a vários departamentos, começando pelo Fernando Santos, que tem uma capacidade genial de gerir as quatro modalidades, passando pela psicologia, nutrição, o pessoal da manutenção, da limpeza, enfim, de toda a gente que vai rodeando a equipa. O grande sentimento que me invade é de gratidão, o de agradecer o facto de estar a viver este dia fabuloso”, enalteceu.