Selecionador português de andebol, 58 anos, é o mais bem sucedido de sempre e hoje, com a Noruega, chega à centena
Corpo do artigo
Quando, esta tarde, às 14h30, na Barclays Arena, em Hamburgo, Portugal iniciar o jogo com a Noruega, o primeiro do Grupo II do Main Round do Europeu de andebol, Paulo Jorge Pereira estará a cumprir o 100.º encontro como selecionador português. O técnico, natural de Amarante, mas portuense de adoção, de 58 anos, com carreira fora (Espanha, Angola, Tunísia e Roménia), “apareceu”, com apenas 38, ao ser aposta para suceder ao sérvio Branislav Pokrajac no FC Porto, de quem tinha sido adjunto - em três épocas ganhou um campeonato, uma Taça de Portugal e duas Taças da Liga - tendo assinado contrato com a Federação de Andebol de Portugal em 2016.
Perdeu os dois primeiros apuramentos - Europeu da Croácia’2018 e Mundial Alemanha/Dinamarca’2019 -, mas apurou Portugal, ao fim de 14 anos (!), para uma grande competição, o Europeu de 2020, na Áustria, Noruega e Suécia. Os Heróis do Mar, como desde logo apelidou os atletas, conseguiram aí o sexto lugar, a melhor classificação de sempre da Seleção Nacional numa grande prova. De então para cá, tem tido uma navegação limpa e até com uma inédita presença olímpica para modalidades coletivas de pavilhão em Portugal: Mundial do Egito’2021; Jogos Olímpicos’2020; Europeu’2022, Mundial’2023 e, agora, o Europeu que está a decorrer na Alemanha.
É a maior série de apuramentos consecutiva da Seleção de andebol, pelo que, Paulo Jorge é o melhor selecionador nacional da história.
Nestes 99 jogos que contabiliza, soma 56 vitórias, cinco empates e 38 derrotas, o que dá uma percentagem de êxito de 57%. Rolando Freitas, o anterior selecionador, fez 50 partidas (27 vitórias, seis empates e 17 derrotas, com 54%) e o que antecedera Rolando, o sueco Mats Olsson, chegou aos 110: 46 triunfos, oito empares e 56 derrotas e uma fraca percentagem de 42% de êxitos.