Formação de Ovar projeta o futuro, depois de ter vivido a melhor campanha no campeonato em mais de uma década. Além de semifinalistas, os vareiros destacaram-se pelas lotações esgotadas na fase a eliminar. Alcançada a reaproximação da cidade à equipa, buscam “patrocinador global” que lhes permita subir a fasquia.
Corpo do artigo
Grande sensação do play-off da Liga Betclic, ao afastar o Sporting nos quartos de final e a discutir taco a taco um lugar na final com o FC Porto, que quase obrigou a ir à negra, a Ovarense viveu a sua melhor campanha no campeonato em mais de uma década, encontrando-se motivada para preparar 2024/25.
“O balanço é extremamente positivo. Houve vários fatores a contribuir, desde logo a estabilidade da nossa equipa técnica. Já é um trabalho de três anos. Ter os nossos adeptos deu um embalo importante. São conhecedores da modalidade e dão-nos um sentimento de dever cumprido quando põe o nosso pavilhão a rebentar pelas costuras e a aplaudir de pé mesmo na derrota. Não há ambientes de pavilhão como em Ovar”, enaltece a O JOGO o presidente Henrique Sobreira, no cargo desde 2021.
Em 2022/23, os vareiros tiveram a média mais alta de público na Liga (1026 espectadores), mantendo-se no topo em 2023/24 (1211), muito pela presença de cerca de dois mil adeptos na receção ao Sporting e de 2500 em cada um dos duelos frente ao FC Porto.
O objetivo de “reaproximar Ovar ao basquetebol foi alcançado”. “Agora o desafio é manter a cidade enamorada da equipa de basquetebol”, nota o dirigente, relatando que os resultados “tiveram algum reflexo em aproximações de novas empresas do concelho”. “No entanto, o principal desafio do nosso clube, que ainda não conseguimos, é captar um patrocinador de alcance nacional, global que nos permita dar um passo em frente. Estamos a trabalhar para aproximar o tecido empresarial local à boleia dos resultados, temos captado novos sócios e vendido mais lugares anuais, mas precisamos de um sponsor verdadeiramente global”, apela.
Por isso, Sobreira mantém os pés assentes na terra: “Os resultados podem iludir um pouco, mas o que é certo é que, à partida, os objetivos da equipa serão exatamente os mesmos, primeiro assegurar a manutenção, depois ir ao play-off e neste ir o mais longe possível”.
Manter máximo de jogadores para 2024/25 é a intenção
Na construção do plantel para 2024/25, Sobreira manifesta a ideia de “manter o máximo de jogadores desta época, mas o assédio, de clubes com outro poderio financeiro, é grande”. “À nossa medida, vamos fazer por ter a equipa mais competitiva possível”, assegura. No cargo de treinador há três temporadas, João Tiago é opção natural para continuar a liderar o projeto, tendo contrato Gustavo Teixeira, Jonathan Silva, Rúben Sona e Francisco Miguel. De saída está o capitão Cristóvão Cordeiro, que terminou a carreira ao fim de 13 épocas em Ovar. “Não é substituível”, elogia o responsável.