A supremacia da equipa de Oliveira de Azeméis no tiro exterior, com 47% de eficácia contra 38% dos dragões, desequilibrou uma final nivelada nas restantes estatísticas
Corpo do artigo
A Oliveirense conquistou a Taça Hugo dos Santos de basquetebol pela quarta vez, ao derrotar o FC Porto (83–78), numa final emotiva, em que aguentou a reação adversária na segunda parte, no Pavilhão Multiusos de Gondomar.
O conjunto de Oliveira de Azeméis atingiu o intervalo com uma vantagem de 12 pontos (50–38), graças a um parcial de 28-15 no segundo período, e manteve a dianteira do ‘marcador’ nos últimos 10 minutos, depois de um terceiro ‘quarto’ em que os ‘dragões’ encurtaram a diferença para dois pontos (61–59).
Autor de 25 pontos e cinco ressaltos, o norte-americano Onno Steger foi o protagonista de uma vitória que permitiu à equipa treinada por João Figueiredo repetir os feitos de 2018/19 e de 2019/20, perante um adversário que já ergueu o troféu por quatro vezes, a última na época 2020/21.
Tal como na meia-final com o Benfica, o FC Porto entrou na quadra com um parcial de 5-0 e alargou a vantagem para seis pontos no terceiro minuto (8-2), por Wesley Washpun, num lançamento exterior, ‘capítulo’ em que apresentou 66% de eficácia no período inaugural, ao marcar quatro das seis tentativas.
Com uma taxa de concretização ligeiramente inferior nos ‘triplos’ (60%), a Oliveirense acertou as marcações defensivas após a entrada ‘em falso’ e recuperou no ‘marcador’, sobretudo após a entrada de Onno Steger, a 03.54 minutos do fim do primeiro ‘quarto’.
Melhor marcador da sua equipa na meia-final de sábado, com a Ovarense (18 pontos), o extremo, de 27 anos, marcou cinco pontos até à primeira pausa e mais 12 no segundo período, contribuindo ainda para a reviravolta com dois ressaltos defensivos e um roubo de bola até ao intervalo.
A perder por 23-22 no fim do período inaugural, a equipa treinada por João Figueiredo entrou no segundo com um parcial de 7-0, tapou quase sempre os caminhos para o cesto e obrigou o FC Porto a atirar da linha de lance livre ou de longe, mas só acertou três das 10 tentativas exteriores.
Eficaz no ‘tiro exterior’, mas também nas penetrações rumo à tabela, a Oliveirense alargou a vantagem para 14 pontos (47-33) no último minuto do segundo período e geriu-a no início de um terceiro ‘quarto’ com poucos pontos, em que as defesas se superiorizaram aos ataques.
Nos últimos quatro minutos desse período, a equipa treinada por Fernando Sá encurtou uma desvantagem de 13 pontos (59-46) para dois (61-59), com o triplo de Toney Douglas no último segundo a ‘coroar’ uma reação em que sobressaiu o poste Miguel Queiroz, com seis pontos.
Próximas no ‘marcador’, as equipas proporcionaram 10 minutos finais emotivos, com o FC Porto a manter-se ‘colado’ no ‘placard’, mas sem igualar a Oliveirense, mais serena nos instantes finais, a ‘segurar’ a liderança com firmeza.
A supremacia da equipa de Oliveira de Azeméis no ‘tiro’ exterior, com 47% de eficácia contra 38% dos ‘dragões’, desequilibrou uma final nivelada nas restantes estatísticas, em que Toney Douglas foi o principal destaque nos portistas, com 24 pontos e seis ressaltos.
Jogo realizado no Pavilhão Multiusos de Gondomar.
Oliveirense – FC Porto, 83-78.
Ao intervalo: 50-38.
Com arbitragem de Sónia Teixeira, Julio Anaya e Daniel Oliveira, as equipas alinharam e marcaram:
- Oliveirense (83): André Bessa, João Fernandes (9), Deontae Hawkins (9), Malik Morgan (17) e Danjel Purifoy (15). Jogaram ainda João Embaló (6), Carlos Cardoso (2), Onno Steger (25) e Diogo Araújo.
Treinador: João Figueiredo.
- FC Porto (78): Max Landis (8), Wesley Washpun (12), Xeyrius Williams (10), Toney Douglas (24) e Phill Fayne (7). Jogaram ainda Devyn Marble (11), Miguel Queiroz (6), Miguel Maria Cardoso e Luís Silva.
Treinador: Fernando Sá.
Marcha do marcador: 22-23 (primeiro período), 50-38 (intervalo), 61-59 (terceiro período) e 83-78 (quarto período).