O piloto francês travou um duelo com britânico Kris Meeke.
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O francês Sébastien Ogier (Volkswagen) passou esta sexta-feira para a liderança do Rali de Monte Carlo, após o segundo dia da prova inaugural do campeonato do mundo, com 9,5 segundos de avanço sobre o britânico Kris Meeke (Citroen).
Com duas jornadas e oito especiais para disputar no fim de semana, a luta pela vitória no rali está teoricamente resumida ao tricampeão do mundo e ao norte-irlandês, uma vez que os Volkswagen do finlandês Jari-Matti Latvala e do norueguês Andreas Mikkelsen, terceiro e quarto, respetivamente, já estão a mais de um minuto do companheiro de equipa.
Os primeiros quilómetros do Mundial mostram também que a marca alemã ainda não tem concorrência visível. Thierry Neuville (Hyundai i20) e Mads Ostberg (Ford Fiesta RS), quinto e sexto, estão quase a dois minutos e é o DS3 de Meeke que está a fazer frente aos Polo R, num ano em que a Citroen não pontua para o Mundial de construtores.
O britânico, que comandava após as duas 'especiais' disputadas na quinta-feira, manteve hoje um aceso duelo com Ogier, impondo-se nas duas passagens pelo troço Aspres les Corps-Chauffayer (PEC 4 e 7), o mais longo do dia (25,78 km), mas o francês, bom conhecedor da região de Gap, sua cidade natal, foi o mais rápido nas restantes: Corps-La Salle en Beaumont (3 e 6) e Les Costes-Chailloleaumont (5 e 8).
"Hoje, foi uma grande luta com Kris, ele está andar bem. Estou contente com o meu dia, não foi mau. Alguns pequenos erros aqui e ali, mas estou contente", afirmou Ogier no final da oitava classificativa, depois de ter alternado o comando com Meeke ao longo do dia nas estradas geladas dos Alpes franceses.
Foi precisamente nessa especial que o campeão recuperou o comando, ganhando 11 segundos a Meeke. "Deve haver qualquer coisa neste troço que 'Seb' conhece. Penso que ele vive a três quilómetros daqui. Não tenho resposta para o tempo dele. Mas ainda falta muito neste rali", disse o piloto da Citroen.
As traiçoeiras estradas do Rali de Monte Carlo fizeram hoje três vítimas entre pilotos de ponta. O neozelandês Hayden Paddon (Hyundai) e o polaco Robert Kubica (Ford) despistaram-se na primeira classificativa do dia, o francês Eric Camilli (Ford) seguiu o exemplo na penúltima e todos comprometeram a sua classificação final.
No sábado, o rali desloca-se de Gap para o Mónaco e estão previstas cinco especiais (170 km), incluindo a mais longa da prova, com 51,55 km, que será percorrida duas vezes.