O efeito Neemias Queta: presença de Portugal sem precedentes no basquetebol dos Estados Unidos
Efeito Queta e a busca da Federação por praticantes lusodescendentes explicam o fenómeno
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A madrugada que passou marcava a estreia de Rúben Prey por Saint John’s, num jogo de exibição contra a Universidade de Rutgers. O poste de 2,08 metros, que passou as últimas quatro temporadas no Joventut Badalona e parece destinado a seguir as pisadas de Neemias Queta, o primeiro português a chegar à NBA, é apenas a face mais vísivel de uma representação portuguesa nos EUA sem precedentes.
Em 2024/25, haverá 22 jogadores nacionais na primeira divisão do basquetebol universitário americano (NCAA1), mas, englobando outros campeonatos, o número quase atinge as quatro dezenas.
“Realmente há um fluxo muito grande, inclusive nos últimos anos, e tendo atletas que fizeram o seu percurso pelas seleções nacionais”, atesta a O JOGO o diretor-técnico nacional Nuno Manaia, aludindo à estratégia seguida pela Federação Portuguesa de Basquetebol (FPB) de recrutar jovens com raízes lusas, mas que não fizeram a formação em Portugal. Foi nessa sequência que surgiram novos talentos como Stanley Borden, Iago Stanback, Nathan Noronha ou Daniel Vieira-Tuck, sendo a estratégia para continuar, “sem dúvida nenhuma”, segundo Manaia.
“Temos uma base de dados muito grande e é algo a que estamos muito atentos para tentar, de alguma forma, reforçar as nossas seleções. Por vezes, também nos trazem um tipo de jogo diferente. Procuramos isso e faz algum sentido”, defende, ressalvando que “há casos de atletas que vêm a estágios, mas, na prática, não são melhores do que os que estão a desenvolver o seu trabalho em Portugal”.