Nuno Borges fez o balanço da melhor época da carreira que vai terminar na 36.ª posição e antecipa um ano de 2025 em que o físico pode fazer a diferença
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Jannik Sinner, Alexander Zverev, Carlos Alcaraz, Daniil Medvedev e Taylor Fritz formam o top-5 mundial e já mostraram a Nuno Borges quão distante está do topo da pirâmide. Na entrevista concedida à Lusa, o maiato abriu o jogo : “Acima de tudo, falta-me nível”. Reação humilde de um valor seguro do top-40, acompanhada pela “dificuldade em apontar uma coisa que tenha de melhorar”, pois, diz, o que “preciso é ser mais eficaz, mais rápido, que as minhas bolas sejam mais potentes, que façam mais mossa no serviço e melhore o jogo de rede”.
“Olhar um bocadinho para os melhores do mundo” é um bom passo para “conseguir gerar mais potência nas pancadas, como o Alcaraz e o Sinner”, dois gigantes que considera ”fazerem isso um bocadinho mais que os outros, dando-lhes a alguma vantagem, mas também se movimentam muito bem”.
O aspeto físico tem estado na ordem do dia no arranque da preparação da nova época e o objetivo é ter “um ténis mais ágil e cada vez mais potência nas pancadas”. Há a necessidade de “melhorar a resposta ao serviço”, refere, sentindo que nas jogadas longas consegue “equilibrar o ponto, mas no início da jogada os nomes do topo são melhores e é aqui que muito se define um jogo de ténis”. “Estou a tentar ganhar um pouco mais de caparro”, admite, lembrando que “nesse aspeto, os melhores do mundo também estão excecionalmente acima dos outros”. Para “tentar fazer mais a diferença”, terá de melhorar uma regra básica da competição: “Estar na bola mais cedo é uma vantagem gigante”.
Cumprida a primeira semana da pré-época, o Lidador trabalha para gerar mais potência nos golpes, criando mais músculo e melhorando o nível geral que considera baixo para se bater com os gigantes.
O ano mais lucrativo de sempre de um português
Com 27 anos e profissional há cinco, Nuno Borges fecha o ano com ganhos oficiais no valor de um milhão e 303 mil euros, tornando-se o português a receber o maior bolo de sempre ao cabo de um ano no circuito.
A anterior fortuna foi de João Sousa, em 2018, ao somar menos 135 mil euros. Nas respetivas carreiras, o vimaranense chegou aos 7,9 milhões e o maiato vai nos 2,4 milhões.