Maiato joga hoje (18h00) a primeira ronda do Grand Slam e uns bons dias de preparação reforçaram o ânimo
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O último Grand Slam da época volta a ter Nuno Borges, de 27 anos, como único representante português no quadro principal e justificar em Nova Iorque a inédita presença nos oitavos de final do Open da Austrália, em janeiro, é um desafio graúdo. Uma semana após a prematura derrota no ATP de Winstom-Salem, o maiato ganhou tempo de preparação para o encontro desta tarde frente a Federico Coria.
“Os treinos têm corrido bem, estou a sentir-me melhor nos últimos dias, os courts são rápidos, mas nada fora do normal”, começou por antecipar a O JOGO, ainda algo desconfiado quanto à velocidade do terreno de jogo. “Alguns campos são um pouco diferentes e saber adaptar-me pode ser chave no primeiro encontro”, considera, garantindo “ir focado” em fazer o que sabe fazer melhor. O rival argentino, de 32 anos, é aquele típico sul-americano “alérgico” aos hardcourts, assentando a atividade no pó de tijolo. Foi com bons resultados nessa superfície que subiu a 49.º do ranking, em fevereiro, mas, no piso duro, a última vitória remonta à segunda ronda do qualifying do US Open’2023.
Borges tem o condão de se dar bem com os ares norte-americanos, ou não tivesse sido um dos melhores do circuito universitário. Para além da terceira ronda no recente Masters de Toronto, foi em hardcourt que conquistou duas vezes o Super Challenger de Phoenix. Sem dar valor à aversão do irmão de Guillermo Coria (número três ATP há 20 anos) às superfícies rápidas, o Lidador prefere dizer-se “pronto para um encontro duro e desgastante, à melhor de cinco sets”. A receita está preparada: “Manter a agressividade que sempre procuro e simplesmente dar o meu melhor”.