Foi através de O JOGO que soube ter confirmado, na segunda-feira, a estreia no torneio olímpico e a concretização do “principal objetivo para este ano”
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Pela sétima vez em apenas 16 edições do torneio de ténis nos Jogos Olímpicos, Portugal vai estar representado, agora por Nuno Borges, número 48 do ranking, mas 47.º entre os 56 com entrada direta para um quadro de 64, que pode ter Rafael Nadal como convidado. De 27 de julho a 4 de agosto, no complexo de Roland Garros, o Lidador será o sexto tenista luso a suceder a Rodrigo Castro Pereira, o pioneiro, em 1924, nos Jogos igualmente disputados em Paris, nos courts também de terra batida, mas do extinto Stade Colombes.
Cem anos após Rodrigo Castro Pereira, também em Paris, mas no Stade Colombes, o maiato vai tornar-se no sexto português a jogar o restrito evento em que todos os profissionais querem estar.
“É um sonho tornado realidade”, começou por reagir, quando O JOGO lhe confirmou a qualificação, apoiada no ranking ATP de ontem e a ser oficializada pela ITF e o COI no dia 4 de julho. “No ano passado, as minhas hipóteses de apuramento eram difíceis, tinha muitos pontos a defender no início da época, mas consegui dar a volta à situação, recuperando os pontos e somando ainda mais”, prosseguiu no comentário à estreia numa prova condensada numa só semana, com seis encontros para se subir ao pódio e à melhor de três sets. Ou seja, uma mini maratona, diferente dos Grand Slam ou dos Masters que preenchem uma quinzena e sete e seis vitórias, respetivamente, para quem chegar à final.
“Fico muito contente por saber que representarei Portugal nos Jogos Olímpicos. Era, sem dúvida, o principal objetivo para este ano”
Manifestamente “muito contente” por conseguir aquilo que “sem dúvida, era o principal objetivo para este ano”, o maiato, de 27 anos, tem ainda a campanha na relva pela frente (Halle, Maiorca e Londres) e a possibilidade de disputar um ATP em pó de tijolo. “A seguir a Wimbledon ainda não sei se jogarei um ou dois torneios na terra batida para chegar aos Jogos Olímpicos com algum ritmo nesse piso”, contou, lembrando que “a transição da terra para a relva e de novo para a terra batida é muito complicada”. “São os pisos mais opostos e exigem mais ajustes e é bem pensado fazer essa gestão”, explicou.