Mundiais de canoagem: tripulações portuguesas com sentimento de dever cumprido
Os Mundiais de Milão reúnem cerca de 800 canoístas de 73 nações
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O K4 e a C2 femininos assumiram esta quarta-feira o sentimento de missão cumprida rumo às meias-finais dos 500 metros dos Mundiais de canoagem, tal como Iago Bebiano que em Milão se destacou em K1 200 metros.
“Agora é melhorar o que senti que falhou na eliminatória, que não foram muitas coisas. Ter sido segundo e mesmo assim ter pontos para aperfeiçoar acaba por ser algo que considero positivo. Tenho de avaliar com o treinador. Se tudo correr bem, irei à final, que é o objetivo, dar o melhor de mim e lutar pelas medalhas”, comentou Iago Bebiano.
Em declarações à Lusa, o canoísta que passou em segundo lugar diz sentir-se “forte e preparado” e com vontade de honrar o legado dos velocistas lusos – Messias Baptista, Kevin Santos e Pedro Casinha -, com títulos europeus e mundiais nesta disciplina.
“É uma responsabilidade maior essa noção de que os portugueses são rápidos. Espero estar entre os mais rápidos, uma vez que já fui campeão da Europa o ano passado em K2 200, com o Kevin Santos. Sou muito bom nos 200 metros e espero demonstrar isto nesta competição, que reúne o top mundial, pelo que tanto posso ficar em primeiro como nem sequer ir à final”, assumiu.
O K4 500 feminino só precisava superar uma embarcação rival para atingir as meias-finais e foi assim que deu para “controlar” e deixar de fora a anfitriã Itália.
“Agora, nas meias-finais, é tentar fazer a prova perfeita. Já não é controlar, já não é tentar ganhar a uma, é tentar dar o nosso melhor para saber também o nosso lugar”, frisou Teresa Portela, que admitiu que a largada não foi a ideal.
A experiente atleta olímpica, de 37 anos, lembrou que a tripulação, que inclui ainda as jovens Ana Brito, Ana Rodrigues e Inês Costa, só se formou em maio, pelo que tem ainda “muito trabalho pela frente” nos próximos anos, depois do 10.º nos Europeus de junho na Chéquia: em Milão, Austrália, Nova Zelândia, China e México complicam ainda mais a missão lusa.
Ana Brito recordou que Portugal calhou numa “eliminatória bastante forte”, na qual o objetivo era deixar pelo menos uma tripulação para trás “e depois fazer o melhor possível”, acabando o seu desempenho por ficar marcado por uma “largada estranha”.
Inês Penetra falou em “prova controlada” da C2, assumindo que teve por ideal “testar o que se pode fazer na meia-final” de quinta-feira, enquanto fizeram a “melhor adaptação possível à água”.
“Quinta-feira é o que fizemos hoje: vamos dar tudo e vamos tentar chegar à final, que é o objetivo”, complementou a colega Beatriz Fernandes.
Os Mundiais de Milão reúnem cerca de 800 canoístas de 73 nações.