
Miguel Oliveira na Yamaha da Pramac
AFP
Faceta azarada do português fica patente no ranking que nenhum piloto quer ganhar. Mas foi Zarco a liderar as idas ao chão, pela terceira vez
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O francês Johan Zarco foi 28 vezes ao chão em 22 fins de semana de MotoGP, liderando pela terceira vez um dos rankings mais indesejados de qualquer desporto, pois em 2019 (17 quedas) e 2020 (15) também caíra mais do que os outros. Apesar disso não perdeu corridas e foi até o melhor dos quatro pilotos da Honda, acabando por renovar até 2027. Quase nos antípodas esteve Miguel Oliveira, que só foi nove vezes ao chão, mas perdeu quatro Grandes Prémios no início de época e acabou por deixar o MotoGP.
- Piloto de Almada tombou nove vezes em 18 corridas, mas uma das primeiras quedas deixou-o dois meses sem competir e foi decisiva na dispensa da Yamaha. Sai com o registo de ser dos mais seguros.
Foi logo em março, na Argentina, que Fermin Aldeguer bateu no piloto português, deixando-o afastado dois meses, com uma luxação nos ligamentos do ombro esquerdo. Regressando em França, ainda limitado, Oliveira não foi a tempo de deixar o 20.º lugar no Mundial, último entre os quatro pilotos da Yamaha, sendo dispensado apesar de ter pontuado em oito das últimas nove corridas, sendo então melhor do que Jack Miller e Alex Rins.
O reduzido número de quedas fica como um dos fatores a atestar a fiabilidade do português em sete anos de MotoGP. Sofreu um total de 68 quedas em 117 Grandes Prémios, a uma média de 0,58 que é das mais baixas do campeonato - o seu máximo foi de 15, em 2023 -, mas perdeu um total de 16 corridas devido a lesões. Marc Márquez, que este ano regressou aos títulos ao reduzir o seu registo de acidentes - sofreu 14 quedas, para um total de 108 nos mesmos sete anos de Oliveira -, tem um percurso semelhante nos azares, mas a duplicar: falhou 30 corridas e fez cinco cirurgias ao braço e ombro direito.

