Miguel Rocha foi o artífice da vitória sobre o FC Porto, ao fazer os três golos da sua equipa. A O JOGO, explica como foi. Tem 30 anos, está há cinco no ataque dos minhotos e leva 14 golos esta época. Tal como a sua equipa, vive uma boa fase após um início periclitante. Numa semana, marcou a FC Porto, Liceo e Benfica.
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Miguel Rocha, avançado de 30 anos, é o jogador do momento no Óquei de Barcelos, depois de ter decidido o jogo de domingo, com o FC Porto, ao fazer três golos num triunfo por 3-1. O goleador de Cascais - passou por Parede, Sporting, Paço de Arcos, Oliveirense e Benfica antes de chegar ao Minho, onde vai na quinta época - encurtou dessa forma a distância para os dragões, que ainda estão a três pontos, pois o Barcelos é quinto num Campeonato Placard liderado por Oliveirense e Sporting, que possuem mais sete pontos do que os minhotos.
Em exclusivo a O JOGO, Rocha começou por atribuir o mérito da vitória sobre os dragões a toda a sua equipa, que diz nunca ter atirado a toalha ao chão.
Depois de um início de temporada difícil, com três derrotas, com Oliveirense (Elite Cup e Campeonato Placard) e Sporting de Tomar, o Barcelos está em recuperação. “Acho que estamos na melhor fase da época. Temos feito bons jogos, numa série muito difícil”, explicou. A vitória frente ao FC Porto pode ter significado a reentrada do Óquei na luta do título, mas Miguel Rocha deixa um aviso: “Num campeonato tão longo e equilibrado, nunca é fácil. A verdade é que antes, com resultados menos positivos, nunca deixámos de acreditar”.
O segundo golo da tarde de domingo, um lance genial que o levou a passar por toda a equipa contrária, tendo deixado o adversário a dois golos de desvantagem, poderá ter sido o melhor da sua carreira, mas Rocha voltou a apontar à equipa. “Foi muito bom. Fiquei muito feliz por ajudar a equipa, mas a verdade é que em outros jogos foram colegas meus a fazê-lo. Foi uma coisa que saiu da cabeça, como acontece a todos os jogadores. São lances que saem naturalmente”, atirou.
A apenas 28 segundos do final do encontro, com o resultado em 2-1, teve uma grande penalidade em que poderia não atirar direto à baliza, dançando com a bola para “perder tempo”, mas o avançado pensou de forma diferente. “Isso nunca me passou pela cabeça. A ideia era mesmo arrumar ali o jogo”, garantiu sobre o seu terceiro golo.
Depois de um início irregular, a realidade é que o Barcelos cresceu. E, quando tem de se bater com os ditos “grandes”, a formação orientada por Paulo Freitas cresce para, como clamam os seus fervorosos adeptos, se transformar no “maior de Portugal”. Antes de bater o FC Porto, o Óquei tinha empatado no pavilhão do Benfica (4-4). Na Europa leva triunfos sobre Forte dei Marmi e Liceo e está, a par do Barcelona, na frente do Grupo A da Liga dos Campeões.