"Marcar 21 golos acontece uma vez na vida, não acredito que volte a fazê-lo"
Pedro Cruz, 35 anos e o homem-golo em Portugal, renovou por mais duas temporadas com o Águas Santas, clube onde está desde 2009/10, sendo que antes já lá tinha estado mais duas.
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Pedro Cruz, que já foi sete vezes o melhor marcador do Campeonato Nacional de andebol (2009/10, 2011/12, 2012/13, 2014/15, 2015/16, 2017/18 e 2018/19) e se prepara para ser a oitava - lidera a lista com 239, mais 33 golos do que o segundo, Martin Costa, do FC Gaia -, vai continuar no Águas Santas, tendo renovado por mais duas temporadas.
"Era a vontade do clube, era a minha vontade, é a aposta clara do clube na continuidade do trabalho que tem vindo a ser feito, é onde me sinto bem e pretendo acabar a minha carreira", anunciou o lateral-esquerdo, a cumprir a 13.ª época nos maiatos, a 11.ª consecutiva. "Eu não penso em parar, sinto-me muito bem. Sei que, nesta altura, qualquer lesão mais grave é também mais difícil de recuperar, mas ainda não me passa pela cabeça deixar de jogar", continuou Cruz, de 35 anos.
Relativamente aos golos, de que é claramente rei em Portugal, o meia-distância admitiu serem um objetivo pessoal. "O Águas Santas é um clube que não luta pelo título nacional, esta é a realidade, e eu tenho os meus objetivos pessoais e ser o melhor marcador do campeonato é um deles. Se me pergunta como marco tantos, não sei responder, é algo que sai naturalmente", assumiu, falando depois dos 21 - leu bem, 21 - que fez contra o ABC, a 15 de fevereiro, na vitória em Braga por 36-23. "Marcar 21 golos acontece uma vez na vida; não acredito que volte a fazê-lo. Naquele jogo, correu-me tudo bem e as bolas vinham parar-me perfeitas às mãos", explicou, continuando: "Só tive noção nos últimos cinco minutos, porque os meus colegas começaram a brincar com a situação. Durante o jogo é impossível, estamos concentrados, preocupados com outras coisas."
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Senhor de um remate poderoso, sendo um atirador de meia distância nato, Pedro Cruz não sabe a que velocidade atira a bola. "Por acaso, até gostava de saber", reconheceu. No recente campeonato da Europa, o mais potente atingiu os 141 km/h, do macedónio Filip Taleski. "Não acredito que atinja essas velocidades", atirou de pronto o primeira-linha do Águas Santas.