Com mais este título de Hamilton, as atenções centram-se cada vez mais na aproximação às conquistas do mais laureado de sempre: Michael Schumacher.
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Era (quase) consensual, já a meio do campeonato mundial de Fórmula 1, que Lewis Hamilton voltaria a ser o vencedor. Antes, porém, foi entregue um primeiro título à Mercedes, com a marca da Flecha de Prata afirmar-se de um modo avassalador na batalha dos construtores.
Faltava dourar essa conquista com a consagração, pela sexta vez, do número um da equipa liderada pelo austríaco Toto Wolff. Aconteceu anteontem, quando faltam duas provas para encerrar mais uma época marcada pela superioridade e alta regularidade do piloto inglês, que faz questão de reconhecer o sacrifício da família e a importância numa carreira de elevado sucesso de volante nas mãos.
Nascido a 7 de janeiro de 1985, em Stevenage (Inglaterra), Lewis é filho de Anthony e Carmen, casal originário da caribenha ilha de Granada, que acabaria por se divorciar pouco antes de a "cria" dar asas à paixão pelas corridas. Começou, por exemplo, por ganhar provas de carros telecomandados (controlo remoto), com sete anos, e a perícia revelada levou o pai a oferecer-lhe um karting no Natal. Isto apesar de Mr. Hamilton se ter desdobrado em empregos, de modo a enfrentar os elevados custos da aposta na competição. Os bons desempenhos sucediam-se e quando, em 1999, foi vice-campeão europeu júnior, num campeonato em que ficou à frente, entre outros, de Álvaro Parente e Nico Rosberg, tudo mudou, para melhor!
Entrou nos "fórmulas" em 2000, fazendo um percurso em que se afirmava sempre entre os melhores e, ao mesmo tempo que competia no GP2 Series, em 2006 já era piloto de testes com a McLaren. A partir daí, a história é maioritariamente conhecida: primeiro título na F1 pela equipa de Woking em 2008, curiosamente utilizando motores Mercedes, marca ao comando da qual se seguiram mais cinco títulos (2014, 2015, 2017, 2018 e 2019). Superou Juan Manuel Fangio (1951, 1954, 1955, 1956 e 1957) e está a um do recordista Michael Schumacher (1994, 1995, 2000, 2001, 2002, 2003 e 2004).
"Quando tinha sete anos, o meu pai disse-me para nunca me render! Este é um pouco o lema da família", lembrou Lewis Hamilton, após o triunfo no GP dos EUA, relatando a "grande emoção sentida por ter aqui os meus pais, padrastos, o meu tio George, toda a minha família". "É uma honra!", rejubilou, como que agradecendo ao clã.