Leila Marques Mota foi eleita para a primeira vice-presidência, cargo ao qual concorriam também a canadiana Chelsey Gotell e a chinesa Ming-Chu Um
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A antiga nadadora paralímpica portuguesa Leila Marques foi eleita este sábado para o cargo de primeira vice-presidente do Comité Paralímpico Internacional (IPC), nas eleições que decorreram em Seul e que reelegeram Andrew Parsons para um terceiro mandato na liderança.
De acordo com o organismo, cuja Assembleia Geral decorreu hoje na capital da Coreia do Sul, o brasileiro Andrew Parsons recebeu 109 dos 177 votos válidos, enquanto o sul-coreano Dong Hyun Bae, o outro candidato à presidência, recebeu 68 votos.
Leila Marques Mota foi eleita para a primeira vice-presidência, cargo ao qual concorriam também a canadiana Chelsey Gotell e a chinesa Ming-Chu Um, enquanto o dinamarquês John Petersson assumiu a segunda vice-presidência.
Em declarações à agência Lusa, Leila Marques afirmou que a eleição "não é apenas pessoal, mas representa um compromisso coletivo de fazer avançar o movimento paralímpico com coragem, inovação e integridade".
Destacando a papel central do IPC no "universo desportivo, promovendo não só a excelência competitiva", a antiga nadadora lembrou também o trabalho "na inclusão, na igualdade de oportunidades e na transformação social através do desporto".
"Os desafios que enfrentamos são exigentes: garantir maior equidade de recursos entre países, aumentar a visibilidade e o impacto global do desporto paralímpico, fortalecer a integridade e a sustentabilidade do Movimento, e assegurar que cada atleta tenha condições justas para expressar todo o seu potencial", referiu.
Leila Marques, que marcou presença como nadadora nos Jogos Olímpicos Atlanta'1996, Sydney'2000, Atenas'2004 e Pequim'2008, considerou ainda que a sua eleição "afirma a capacidade de Portugal colocar dirigentes em organismos internacionais, o que demonstra a qualidade e o reconhecimento do trabalho desenvolvido no país".
A médica, de 44 anos, é vice-presidente do Comité Paralímpico de Portugal (CPP) e, ainda antes da criação do organismo, presidiu à Federação Portuguesa de Desportos para Deficientes (FPDD), além de ter sido chefe da Missão portuguesa aos Jogos Tóquio'2020.