José Neves e a vitória no Grande Prémio O JOGO: "Como fiquei com a amarela..."
Vencedor tinha a família na festa final e agradeceu à W52-FC Porto, à qual voltou este ano e apelidou de "equipa mais unida de Portugal". A dedicação é tanta que nem pensa voltar a emigrar.
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José Neves tem 25 anos, é de Évora e ontem juntou o Grande Prémio O JOGO/Leilosoc a um palmarés que já tinha a Volta a Portugal do Futuro e o GP de Torres Vedras - em todos eles ganhando ainda uma etapa -, mas o último êxito datava de 2018.
"Vim de casa com a intenção de ganhar uma etapa e depois logo víamos se iria trabalhar para um colega ou vestir de amarelo. Como fiquei com a amarela, a equipa ajudou-me e agradeço-lhes. Temos a equipa mais unida de Portugal", disse em Vieira do Minho, onde tinha mais do que os colegas.
"Prefiro estar junto daqueles de que gosto, mesmo que tenha de ganhar menos"
Diana Serôdio, a esposa, estava na vila minhota com os pais, Sérgio e Rita, a irmã, Mariana, e a avó, Helena Dias, um grupo de ribatejanos felizes. "Já tinha saudades deste ambiente, de estar junto da família e dos amigos. Voltar foi a melhor opção. Por enquanto penso ficar em Portugal, não vou emigrar de novo", disse o jovem alentejano, que regressou esta época à W52-FC Porto, depois de dois anos na espanhola Burgos-BH. "De início correu bem, mas o segundo ano, com a pandemia, foi complicado. Quase não corri. Por isso decidi vir para a equipa onde tinha estado e gostam muito de mim. Prefiro, mesmo que tenha de ganhar menos, estar com aqueles de que gosto", revelou.
"Voltei para ajudar os colegas e agarrar uma oportunidade quando a tivesse. Foi o que fiz, num Grande Prémio bastante duro. Houve um dia com duas etapas, foi duro pelo terreno e pelas condições climatéricas, como chuva e nevoeiro", narrou, com uma conclusão: "O segredo foi manter a calma".