José Neves, vencedor do Grande Prémio O JOGO/Leilosoc, não se sentia a crescer tanto em Espanha como na W52-FC Porto. Ambiciona ser campeão nacional e um dia lutar pela Volta.
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Foi duas vezes campeão nacional de contrarrelógio em sub-23, venceu a Volta a Portugal do Futuro e chamou de vez a atenção em 2018, ao vencer o Grande Prémio de Torres Vedras aos 22 anos. Estagiou na Education First, correu dois anos pela Burgos-BH, mas voltou para onde se sente melhor, a W52-FC Porto. E regressou depressa aos triunfos!
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Já tinha saudades de erguer os braços?
-Realmente já lá vai um tempo. Uma vez estive quase, fui alcançado a uns 900 metros da meta. Esse desejo existia.
Que recorda das vitórias anteriores?
-A que mais marcou foi a do Grande Prémio Joaquim Agostinho de 2018, pela W52-FC Porto. Vesti a camisola amarela no segundo dia, depois de ter sido segundo no prólogo. Depois, no circuito de Torres Vedras, fizemos praticamente o mesmo que neste Grande Prémio O JOGO, a equipa geriu a corrida para eu a ganhar.
Destacava-se nos contrarrelógios, agora é a subir...
-... Comecei por ganhar contrarrelógios, mas também venci a Volta a Portugal do Futuro a subir, na Serra de São Macário. Curiosamente, no Grande Prémio O JOGO fomos ao mesmo local, mas desta vez a descer.
Tem 25 anos e acredita poder mostrar agora o talento que o fez cobiçado ainda como sub-23. Vencendo com uma fuga épica, deu razão aos que lhe diziam ser fadado para esses ataques longos
Fez uns 60 quilómetros sozinho até vestir de amarelo. Já tinha outras proezas assim?
-Quando era sub-23 e fazia bons contrarrelógios diziam-me que tinha potencial para um ataque de longe e manter um ritmo forte. Foi a forma de ganhar a primeira etapa e o Grande Prémio, fiquei contente com o que fiz. Quando fugi já era a segunda vez que arrancava. A nossa primeira intenção era tornar a corrida dura, mas depois fiquei com algum tempo e disseram-me para dar tudo até ao fim.
Há uns anos era uma grande promessa, cobiçado no estrangeiro. E agora?
-Não gosto de me gabar, mas ao ir para fora perdi uns anos de aprendizagem. Não era a mesma evolução que tinha com o Nuno Ribeiro, sobre a forma de correr e o trabalho da equipa. Também antes, com o Manuel Correia, evolui. Quero mostrar o ciclista que sou, embora não tenha problemas ao trabalhar para um líder.
Quais são os objetivos de carreira?
-Todos pensamos ganhar uma Volta a Portugal; ou ao Algarve. Também gostava de ter um título de campeão nacional, de contrarrelógio e de fundo, para vestir as cores nacionais durante um ano.