Jorge Braz, o discurso antes dos penáltis e como motivar: "Não é preciso..."
Declarações de Jorge Braz, selecionador nacional de futsal, esta terça-feira, na chegada da equipa das "quinas" a Lisboa, após a conquista da Finalíssima nos penáltis, frente a Espanha, no domingo.
Corpo do artigo
Já não há limites para esta equipa? "Não há limites para aquilo que temos de fazer e como nos podemos superar constantemente. A competição é nova e queríamos continuar neste registo e trazer a competição para Portugal. Foi isso que os jogadores mostraram ao Mundo."
O discurso antes dos penáltis: "Confio totalmente neles [nos jogadores]. As grandes penalidades é mais um momento do jogo, diferente e muito emocional, mas confiava totalmente, nomeadamente com as qualidades que o Edu Sousa tem, já merecia um momento assim por tudo o que tem feito, por tudo o que passou. Estava convicto de que mais uma vez ia vir para o nosso lado."
Como se motiva uma equipa que já ganhou tudo? "Não é preciso, é natural no dia a dia. A ver cada treino, cada refeição e cada reunião. A forma como vivemos todos é muito natural. Não podemos olhar para o passado, o passado já está rico, mas o dia mais importante será o primeiro treino da próxima concentração para jogar a qualificação do Mundial. Esse é o dia mais importante, muito orgulhosos e muitos felizes, mas temos de olhar para a frente."
Estas vitórias têm permitido uma renovação tranquila da Seleção? "Há muitos anos que dizia que o futuro do futsal português iria surgir de forma normal e natural. Quando terminasse o Ricardinho, o futuro já estava garantido. Há gerações que vão vir a seguir, está a ser feito um bom trabalho de todos os clubes portugueses. Era muito natural que isto acontecesse. Agora a nossa obrigação é proporcionar oportunidades aos nossos jovens. Têm valor e trabalham muito para chegar a este patamar e para confiar neles totalmente."
15179911
Não perde um jogo oficial há quase seis anos: "Não queremos perder agora, vem aí a qualificação para o Mundial. Queremos vencer os jogos todos, ganhar o grupo para podermos estar nos palcos que legitimamente temos de estar e com aspirações muito óbvias para toda a gente. Não podemos abrandar, queremos sempre mais."
Portugal está a desafiar a lógica do futsal? "Sempre olhamos para nós, o que temos de fazer para continuar neste registo. Não podemos abrandar todo o trabalho que temos feito. Esta época já vamos ter mais duas seleções nacionais a trabalhar, mais técnicos. É continuar a crescer, a federação assim o exige, quer sempre mais. A nossa equipa de alto rendimento é a Direção da Federação Portuguesa de Futebol. Nós vamos atrás disso, queremos continuar a enriquecer a Cidade do Futebol. Parece que vai ter um museu e temos de contribuir para isso."
15179288