Declarações após o Portugal–Espanha das meias-finais do Rugby Europe Championship 2024 (REC24) de râguebi, disputado no Estádio do Restelo, em Lisboa, e que terminou com a vitória dos portugueses por 33-30
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João Mirra (treinador de Portugal): “O vento não joga, mas defrontámos uma equipa forte fisicamente, que muitas vezes meteu 14 na linha [defensiva], nem disputava os rucks, e nós [na primeira parte] a jogar contra o vento não tivemos a capacidade de perceber que, mesmo assim, tínhamos de jogar ao pé. Arriscámos demasiado. Na segunda parte não começámos da melhor maneira, a querer jogar de todo o lado, mas quando se tem médios de 19 e 20 anos faz parte. Têm muito talento, mas ainda têm de aprender e aprender é jogar, fazer esta gestão.
A consistência vem com muito treino e com competição. Estamos a falar de dois jogadores que, mesmo em posições diferentes, são muito semelhantes, têm muito talento, fazem coisas boas e menos boas. Também tem a ver com o nosso estilo de jogo. Se tivermos um estilo mais conservador, o erro aparece menos, mas também o virtuosismo dos jogadores vai aparecer menos. É um preço a pagar e que nós compramos.
Foi uma grande reposta, até deste apoio que tivemos no estádio, que não sei se não é um recorde. Se não for está muito perto. Começámos com tempos muito difíceis, não negamos isso. Todos estivemos mal, principalmente nós, os técnicos. Eu não sou ninguém para dar lições de vida, mas o desporto ensina-nos diariamente que se as coisas correm mal já não vamos conseguir mudar atrás, não temos uma máquina do tempo. Agora, é preciso ter a humildade de perceber o que está mal, ver o que temos a melhorar e seguir em frente. Foi duro, houve críticas injustas a jogadores, que são jogadores novos e foram esses que ficaram cá, são esses os nossos jogadores, não são os da Nova Zelândia, e temos de os apoiar como hoje."