João Almeida subiu a 12.º mundial após o País Basco e traçou meta de carreira. Caldense vai agora à Romandia e à Suíça tendo “a vitória como objetivo”, antes de trabalhar para Tadej Pogacar no Tour, a corrida que sonha poder um dia conquistar.
Corpo do artigo
O triunfo de João Almeida na Volta ao País Basco valeu-lhe a subida ao 12.º lugar do ranking mundial, ultrapassando Jonas Vingegaard, Filippo Ganna e Jonathan Milan, podendo o caldense de 26 anos aspirar ao top-10 se cumprir as suas metas na Volta à Romandia (arranca dia 29) e depois na Volta à Suíça (15 a 22 de junho), as suas próximas corridas antes do Tour, onde irá de novo ser o braço direito de Tadej Pogacar, líder mundial.
“Vou dar o meu melhor e o objetivo será sempre a vitória”, disse sobre os próximos compromissos, em entrevista à TSF, na qual deu um “significado bastante grande” ao triunfo no País Basco, mas esperando “ter vitórias que superem essa”. E não hesita na maior meta: “O objetivo de carreira é ganhar uma Grande Volta. Qualquer uma das três. Mas se fosse o Tour assinava já por baixo”.
Essa ambição não é para já, pois em França trabalhará de novo para Pogacar – e provavelmente a seguir, na Volta a Espanha – e “o resultado é secundário, embora vá ser o ponto alto da temporada e quero trazer o máximo que conseguir”, revelou, pensando no quarto lugar da época passada.
Considerando-se um “ciclista completo”, Almeida ainda não se vê como o melhor nacional da atualidade. “É relativo, pois há corredores diferentes. O Rui Costa não é ciclista de Grandes Voltas, mas já foi campeão do mundo e ganhou várias vezes a Volta à Suíça”, lembrou, esperando “trazer sempre coisas boas para os portugueses”.
Pogacar com recorde de pontos
O segundo lugar no Paris-Roubaix permitiu a Tadej Pogacar aumentar o seu recorde de pontos no ranking mundial, tendo, sozinho, quase o total de pontos dos três seguintes, Evenepoel, Van der Poel e Roglic. Almeida subiu três lugares, António Morgado trepou 16 (para 113.º) e Iúri Leitão melhorou 31 (até 413.º) após o País Basco. O melhor do pelotão português é o jovem Noah Campos (Gi-Simoldes).