Jai Hindley: "Vencer o Giro? É um sentimento incrível, hoje foi muito emotivo na estrada"
Ciclista sucedeu ao colombiano Egan Bernal, que tinha triunfado em 2021, e é o segundo australiano a vencer uma grande Volta, depois de Cadel Evans ter conquistado o Tour'2011
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O australiano Jai Hindley (BORA-hansgrohe) disse, este domingo, que vencer a Volta a Itália "é um sentimento incrível", após o contrarrelógio final que o consagrou como primeiro ciclista da Austrália a triunfar no Giro.
"É um sentimento incrível. Hoje, foi muito emotivo na estrada. Tinha na cabeça o que tinha acontecido em 2020, não ia deixar que acontecesse de novo. Vencer é mesmo incrível", descreveu o ciclista, de 26 anos, natural da Austrália.
Hindley sucede ao colombiano Egan Bernal, que tinha triunfado em 2021, e é o segundo australiano a vencer uma grande Volta, depois de Cadel Evans ter conquistado o Tour'2011, acabando 1.18 minutos à frente do equatoriano Richard Carapaz (INEOS), segundo classificado, com o espanhol Mikel Landa (Bahrain-Victorious) em terceiro, a 3.24.
Em 2020, tal como nesta edição, ganhou a "maglia rosa" na 20.ª etapa - este ano atacou para "roubá-la" a Carapaz -, mas então perdeu-a para o britânico Tao Geoghegan Hart (INEOS), certificando-se hoje, com um bom "crono", que o mesmo não se repetia.
Ao longo da sua prova, e da do campeão olímpico de fundo, estava "a receber atualizações, com boas sensações na bicicleta". "Sabia que estava a fazer um "crono" decente, e queria também ter algumas cautelas. Depois, dei tudo até à meta", confessou.
Emocionado, ia repetindo que este triunfo "é incrível". "Estou muito orgulhoso de ser australiano, e de poder levar este título para casa", atirou.
Richard Carapaz, vencedor em 2019, voltou ao pódio de uma grande Volta, depois de já o ter feito também no Tour e na Vuelta, e celebrou hoje o 29.º aniversário, não com a vitória que queria, mas felicitou Hindley com um abraço, após a consumação do resultado, mesmo que não tenha, pelo menos para já, prestado quaisquer declarações aos jornalistas.
Em terceiro ficou Mikel Landa, "contente" com o último lugar do pódio, que já havia logrado em 2015, agora apostado em "descansar e escolher entre o Tour e a Vuelta" como próximo objetivo.
"Hoje, é um dia de celebração, estou cansado depois desta semana muito dura, mas contente com o pódio. Tenho de agradecer à equipa, todos deram 100%", destacou.
O herói do "Landismo", de 32 anos, quer agora "ver a planificação do resto da temporada", para decidir entre o regresso a França, onde tem dois quartos lugares como melhor resultado, ou a Espanha, onde nunca fez sequer "top 10" mas já venceu uma etapa.