Ciclista da Caja Rural-RGA tem convite para renovar, mas mantém em aberto a possibilidade de subir à elite. E justifica essa oportunidade
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Iúri Leitão fez da pista a principal catapulta na carreira, mas há muito que não se resume ao velódromo. A vitória da segunda etapa da Volta à Croácia, batendo nomes como Elia Viviani e Alexander Kristoff, foi um verdadeiro cartão de visita. Na etapa três pagou esse esforço nas colinas, como, provavelmente, vai sempre pagar. O que não é problema. Porque a sprintar, com um comboio afinado para si, está certamente no top-20 mundial.
O que falta ao vianense de 25 anos é a chance de estar numa estrutura mais forte e com mais elementos para o guiarem aos resultados. Afinado como se tem mostrado a ler a corrida, Leitão é hoje um dos sprinters sem contrato para 2024.
Pode parecer estranho, mas acontece porque Leitão ainda aguarda algumas abordagens do World Tour para definir o seu futuro. A Caja Rural, sabe O JOGO, quer mantê-lo, mas se surgir a oportunidade de dar finalmente o salto o jovem tem noção de que o comboio não costuma passar duas vezes.
A vitória na geral da Volta a Grécia mostrou que Iúri pode ser uma carta fundamental para entregar centenas de pontos no ranking UCI em provas planas porque, bem protegido, garante capacidade a ir buscar bonificações e liderar na procura de sprints.
Portugal, que não tem tido sprinters de destaque, conta com um campeão mundial de pista, pedra preciosa que pertence ao World Tour.