Os americanos, diz a "Forbes", deverão gastar 3500 milhões de euros em apostas ligadas ao jogo dos Seahawks com os Patriots, mas menos de 100 milhões pelos canais legais
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Quando esta noite for dado o pontapé de saída para a 49.ª edição do Super Bowl , estará igualmente em marcha um acontecimento paralelo, de dimensões social e económica impressionantes. É que para muitos dos milhões que assistirão pela televisão, o encontro entre os Seattle Seahawks e os New England Patriots, a final do campeonato de futebol americano dos Estados Unidos, vai representar uma sucessão de apostas, na sua maioria ilegais e muito estranhas, e capazes de movimentar quantias astronómicas.
A revista "Forbes", especializada em assuntos económicos e financeiros, publicou ontem um artigo sobre este tema, em que cita Jon Price, diretor executivo da "Sports Information Traders", uma casa de apostas cujo site propõe uma infinidade de possibilidades de fazer apostas a propósito do Super Bowl. E, sobre este fenómeno que designa por "proposition bets", ou seja, apostas propostas, Price diz que "começou como uma curiosidade mas tornou-se praticamente maior do que o próprio jogo". "Haverá mais pessoas a discutir a duração do hino nacional [americano], do espetáculo ao intervalo e se a moeda lançada ao ar cairá de cara ou coroa. Eu vejo este tipo de apostas como vejo os anúncios. Ultrapassaram a dimensão do próprio jogo", acrescenta aquele responsável.
A declaração de Price permite perceber algumas das mais populares "prop bets", que por serem propostas pelos apostadores estão sujeitas a um grande escrutínio da parte das casas de apostas que as aceitam. Acima de tudo, não permitem que se coloquem quantias de centenas ou milhares de dólares, mas apenas pequenas somas.
Entre as apostas que recolhem mais adeptos consta a possibilidade da atriz e cantora Idina Menzel se enganar ao interpretar o hino, se as ações vão subir ou descer (o que, naturalmente, nada tem a ver com o Super Bowl) ou quantas vezes o apresentador vai proferir o nome da cantora Katy Perry antes do espetáculo do intervalo. A mais polémica, mas das mais procuradas, envolve Marshawn Lynch, dos Seahawks, que já foi multado por agarrar os órgãos genitais depois de fazer um "touchdown". Repetirá o gesto? Pode sempre apostar nisso...