Colin Stussi, volvidos quatro meses de conquistar a Volta a Portugal, falou a O JOGO daquele que considera ter sido o melhor momento de 2023, desejando defender o título em 2024
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Ainda que a continuidade de Stussi na Team Vorarlberg já fosse um dado adquirido há algum tempo, o suíço só foi oficializado na formação austríaca há poucos dias, sendo anunciado como um presente de Natal para os seguidores e apontando a uma terceira participação na Grandíssima. À segunda, contra todas as previsões, tornou-se o primeiro estrangeiro a festejar em 17 anos.
A conquista da Volta a Portugal foi o seu melhor momento do ano?
-Essa vitória foi definitivamente o meu melhor momento de 2023, mas não apenas por causa da vitória em si, mas também por termos trabalhado em equipa.
Analisando à distância, qual foi o segredo para a vitória?
-Acho que o que fez a diferença foi o trabalho que fiz. Há dois anos que trabalho com um novo técnico, isso ajudou-me a dar um passo em frente.
Depois da Volta, o que se seguiu?
-Corri na Turquia, mas não foi muito entusiasmante, porque seis dos nossos sete corredores tiveram um vírus estomacal.
O plano era ter corrido mais além dessa Volta na Turquia?
-Gostava de ter tido mais corridas, mas nem sempre é fácil uma equipa continental ter muitos convites.
Como tem passado os últimos tempos?
-Nos últimos meses fiz as minhas últimas corridas, depois a minha pausa. Agora o foco é a próxima época.
Vai continuar com a Team Vorarlberg?
-Sim, vou continuar na equipa. Tive outras ofertas, mas acredito que ainda podemos alcançar muitas coisas juntos, depois da última época. Gostava de voltar à Volta a Portugal e tentar defender o meu título, mas ainda há muitos fatores em jogo.
“Houve alguma atenção”
Stussi regressou a casa no fim da Volta, contando que “houve alguma atenção dos meios de comunicação, mas nada de especial”. A revelação pode não surpreender, mas, no ranking UCI deste ano, Suíça e Portugal terminaram muito próximos, em 11.º e 12.º respetivamente. Entre corredores, Stussi surge como sétimo da hierarquia, segundo melhor entre equipas continental, só atrás de Yannis Voisard, da Tudor. Acima estão Marc Hirschi (UAE Emirates), Stefan Kung (Groupama), Mauro Schmid (Souda Quick-Step), Stefan Bissegger (EF Education).
Melhores memórias no Larouco
Já conhecedor de como é a Volta, que fez, pela primeira vez, pela albanesa Amore & Vita - Prodir em 2018, Stussi guarda as melhores memórias da sétima etapa, entre Torre de Moncorvo e Montalegre. “Mas de todas tenho uma pequena memória”, completa. A recordação não é por acaso, pois foi no alto da Serra do Larouco que agarrou a liderança da Grandíssima até ao fim, resistindo, inclusivamente, na subida à Senhora da Graça. Portugal passou a ser especial para o suíço, que quer voltar também em férias. “Gosto do país e das pessoas, especialmente da arquitetura das pequenas cidades”, justificou.