Revalidar o título mundial K1 1000 metros na Hungria não é uma obsessão para o canoísta, porém sempre algo com o qual admite sonhar. Pimenta não esclarece se só vai competir a solo ou se entra nas duplas ou quadras
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Na canoagem, Fernando Pimenta é uma das maiores esperanças de medalhas para Portugal nos Jogos Olímpicos de Tóquio"2020, porém o canoísta explica, em exclusivo a O JOGO, que essa motivação não constitui pressão adicional. "Mais peso não dá, para isso basta o meu na canoa [risos]. Quero ter uma boa performance, estar bem física e psicologicamente, desfrutando da competição", avança o natural de Ponte de Lima, após uma palestra na Faculdade de Motricidade Humana, em Oeiras, assumindo que a "dor", depois do quinto posto no K1 1000 metros no Rio de Janeiro, após ver as pagaias envoltas em algas, não lhe aumenta a "responsabilidade ou necessidade de fazer melhor". Apesar de Tóquio estar no horizonte, a prioridade em 2019 é mesmo o campeonato do mundo. Em agosto, na Hungria, defenderá o título conquistado em Montemor-o-Novo, embora priorizando, sim, o quarto bilhete olímpico. "Ao contrário de outros desportos, onde o ranking ou um conjunto de provas interessa, a nós [canoístas] importa estarmos bem naquele momento. O foco é o apuramento olímpico, claro, já que tenho de conseguir uma das cinco vagas no K1 1000 metros. Logo, este ano, o campeonato do mundo é o mais importante. Só depois os Jogos. Tem de ser passo a passo. Depois do apuramento, posso dizer que me vou dedicar exclusivamente à competição em Tóquio", perspetiva o atleta do Benfica, ainda que reconhecendo que ser bicampeão mundial não é algo que se rejeite: "Competitivo como sou, não escondo que é sempre para ganhar." Incerto está se Pimenta avança em embarcações duplas, onde foi prata em Londres com Emanuel Silva, ou no K4: "Ainda não se sabe. Depende do que nos consigamos classificar."