É por via dos serviços, passes, remates, defesas e blocos das atletas azuis e brancas que a Liga dos Campeões feminina volta a Portugal, após a última presença, do CA Trofa, em 2005/06
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O italiano Vero Volley Milano, hoje, a partir das 19h00, na Arena di Monza, é o emblema que apadrinha o regresso do voleibol feminino português à melhor competição de clubes do mundo, a Liga dos Campeões. O representante nacional é o FC Porto, sucedendo ao CA Trofa, que esteve na Champions 2005/06. As azuis e brancas começam com uma formação que teve quatro atletas titulares na seleção italiana que venceu os Jogos Olímpicos, sendo uma delas a oposto Paola Egonu, por muitos tida como a melhor atacante do mundo, embora esta noite esteja fora de combate.
“O jogo do Vero Volley é de uma consistência inacreditável. É uma equipa que comete três ou quatro erros por set, e nas restantes ações é tão agressiva que coloca os adversários em grandes dificuldades. Tem extremidades com uma velocidade e um alcance incríveis e duas centrais [Laura Heyrman e Anna Danesi] com muitos ângulos, decisivas no sistema ofensivo. Não há nenhum fundamento que seja mau nesta equipa e isso provoca uma grande frustração no adversário”, enumerou Miguel Coelho, o técnico matosinhense do FC Porto.
“Estar na Liga dos Campeões é validar tudo aquilo que fazemos, como jogamos com e sem bola. Foi algo muito bem comprado pelas jogadoras, mas está em construção. Estes jogos ajudam-nos a que este modelo se vá construindo cada vez melhor, acredito que vamos ter oportunidades para pontuar. Temos os nossos argumentos e vamos ter as nossas oportunidades. Pontuar como ataque no nosso campeonato é expectável, mas não na Liga dos Campeões perante estas equipas. Isso vai-nos trazer confiança e uma perspetiva diferente do nosso trabalho”, analisou ainda o treinador de 37 anos. “Temos dois anos de projeto e estar na melhor prova do mundo no segundo ano significa muita coisa para o projeto em si e para quem vê de fora”, recordou, terminando: “Sem nada a ver com os índices de competitividade ou de agressividade, nem com a maneira séria como preparamos todos os jogos, esta é uma competição que não vamos ganhar. É uma realidade completamente diferente da nossa”.