Fábio Costa venceu Taça de Portugal e já está "a fazer valer o 'investimento'"

No pódio em três das quatro Clássicas que compõem a Taça de Portugal, Fábio Costa, de 24 anos, foi coroado vencedor do troféu em Viana do Castelo, cumprindo com “um objetivo claro traçado desde o início da época”. “Tive de estar logo bem desde a primeira prova, a Clássica da Primavera [3.º lugar], senão seria mais complicado vencer a competição. A Clássica de Santo Thyrso [vitória] deu-me aquele embalo extra para que assumisse a liderança na Clássica das Aldeias do Xisto [8.º] e, em Viana [2.º], garantisse a vitória”, relatou a O JOGO o jovem da ABTF Betão-Feirense, a qual passou a representar esta temporada, ao fim de dois anos ao serviço da Sabgal (antiga Glassdrive).
“Já com interesse em mudar de ares”, conforme contou, o ermesindense foi contactado pelo diretor Joaquim Andrade no final da época passada, marcada pela vitória de uma etapa no Grande Prémio JN. “É uma equipa que tem vindo a melhorar ano após ano. A integração foi ótima, até porque a faixa etária é quase toda dentro da minha. Somos todos conhecidos, andámos quase todos juntos nas camadas jovens. O António Carvalho, o Afonso Eulálio e o Pedro Silva já tinham sido meus colegas. Não senti dificuldade nenhuma. Estou muito grato pela oportunidade, a aproveitar e a fazer valer o ‘investimento’. Vamos ver se até ao final da época consigo mais alguma vitória. Espero que sim”, desejou.

Como sinal do bom ambiente na formação fogaceira, Costa quer devolver o esforço feito pelos colegas durante as etapas da Taça já durante a 12.ª edição do Grande Prémio O JOGO, entre 25 e 28 de abril - nas mesmas datas, a equipa também fará a Volta às Astúrias. “Há duas ou três etapas que serão propícias a chegadas com um pelotão relativamente reduzido para decisão ao sprint. Tanto eu, como o Pedro Silva temos esse objetivo, mas está na altura de retribuir um pouco o que ele fez por mim. No GP O JOGO, ele terá a sua oportunidade de ganhar uma etapa e de discutir a geral”, sentenciou.

“Estou empenhado em fazer carreira bem feita em Portugal”

Incentivado pelo pai, Fábio Costa iniciou-se na Escola de Ciclismo Arca de Noé, em Canidelo, Vila Nova de Gaia, tomando depois o gosto à modalidade, com o objetivo de se tornar profissional. Aos 24 anos, assumiu que o desejo de ir para o estrangeiro já passou. “Como o ciclismo está neste momento, se, em sub-23, não passamos para esse patamar, agora já será tarde demais... Tive essa ambição em sub-23, até quando corri o Mundial de estrada surgiu ali uma possibilidade [2021]. Depois passou e já não vivo preocupado com isso. Estou empenhado em fazer a carreira em Portugal e fazê-la bem feita”, vincou.